Kirill rotula como “fantasias” as acusações históricas de abusos na Igreja católica

Patriarca de Moscou Kirill (Fonte: Religión Digital)

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06 Outubro 2018

“Fantasias”. Assim Kirill, Patriarca de Moscou e líder dos ortodoxos russos do mundo, rotulou as acusações de abuso sexual na Igreja católica.

A reportagem é de Cameron Doody, publicada por Religión Digital, 05-10-2018. A tradução é do Cepat.

“Estou muito preocupado pela crise em que atualmente a Igreja católica romana atravessa e as tentativas de destruir esta Igreja, assim como todas estas fantasias a respeito da pedofilia”, declarou o Patriarca Kirill, de acordo com a transcrição da conversa entre ele e o patriarca Bartolomeu, publicada pelo sítio orthodoxia.info.

“As denúncias que estão surgindo são de 30 anos atrás, ou sobre uma pessoa que agora é bispo e que então havia isto ou aquilo, sem nenhum tipo de prova, são problemáticas”, continuou o religioso russo. “As denúncias vêm para ser uma destruição, e como cristãos ortodoxos temos que apoiar nossos irmãos católicos romanos e mostrar nossa solidariedade”.

A particular leitura de Kirill sobre a crise de abusos na Igreja romana se deu no contexto de uma discussão não somente sobre a “autocefalia” da Igreja ucraniana - contra a qual o Patriarca de Moscou está lutando ao máximo -, mas também sobre a direção que a Igreja ortodoxa deve tomar em suas relações com outras confissões cristãs.

Segundo o hierarca moscovita, os ortodoxos devem fortalecer suas relações com o Vaticano, mas, por sua vez, deixar em um segundo plano sua aproximação com as Igrejas protestantes, devido às novidades que estas introduziram nas últimas décadas, tais como a ordenação de mulheres ou uma aceitação cada vez mais contundente dos homossexuais.

Embora o foco dos meios de comunicação não esteve tanto nos abusos sexuais na Igreja ortodoxa, como esteve na Igreja católica, as agressões nesta primeira comunidade são também uma praga. A página web de prestação de contas pokrov.org, por exemplo, mantém uma lista de várias centenas de religiosos, clérigos e seminaristas acusados de abusos nos últimos anos, mas se pensa que estes nomes representam apenas uma gota em um vasto oceano de um problema ainda cercado por muitas intimidações e medos.

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