13 Janeiro 2018
“Todas as manhãs, eu via homens chegando de carro ao centro de acolhida da minha diocese, tomar banho e depois ir embora. Não eram os pobres habituais. Informei-me sobre quem eram, e me explicaram que eram pais separados ou divorciados que, tendo que pagar pensão para a esposa e filhos, não têm uma casa para dormir. Eu entendi que eles também são pobres e logo pensei que era oportuno fazer algo para ajudá-los. Daí a ideia de abrir uma casa em que eles possam viver junto com os seus filhos.” Assim afirma Dom Marcello Semeraro, bispo de Albano e secretário do Conselho dos Cardeais que trabalha em estreito contato com Francisco.
A reportagem é de Paolo Rodari, publicada no jornal La Repubblica, 12-01-2018. A tradução é de Moisés Sbardelotto.
Quem poderá morar lá?
Tanto divorciados quanto separados. Começamos com oito pessoas. Cada um terá à disposição um quarto amplo, para que, se quiser, possa dormir com os próprios filhos.
São muitos os separados que batem nas portas da Igreja?
Infelizmente, sim, e são cada vez mais. Eles também pedem apenas para tomar um banho de manhã antes de ir ao trabalho. É um problema em toda a Itália.
Que fundos vocês utilizaram?
Uma parte do “oito por mil” [parte do imposto de renda italiano destinada às instituições religiosas].
A estrutura foi projetada apenas para a acolhida?
Não só. Junto com a Azienda Sanitaria Locale (ASL), é possível desenvolver um caminho de recuperação da parentalidade e, quando possível, de reaproximação com as esposas e os filhos. Em suma, apontamos para o retorno a uma vida normal e serena.
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''A meta é uma vida normal e serena para os pais separados.'' Entrevista com Marcello Semeraro, bispo de Albano - Instituto Humanitas Unisinos - IHU