• Início
  • Sobre o IHU
    • Gênese, missão e rotas
    • Sala Ignacio Ellacuría e Companheiros
    • Rede SJ-Cias
      • CCIAS
      • CEPAT
  • Programas
    • Observasinos
    • Teologia Pública
    • IHU Fronteiras
    • Repensando a Economia
    • Sociedade Sustentável
  • Notícias
    • Mais notícias
    • Entrevistas
    • Páginas especiais
    • Jornalismo Experimental
    • IHUCAST
  • Publicações
    • Mais publicações
    • Revista IHU On-Line
  • Eventos
  • Espiritualidade
    • Comentário do Evangelho
    • Ministério da palavra na voz das Mulheres
    • Orações Inter-Religiosas Ilustradas
    • Martirológio Latino-Americano
    • Sínodo Pan-Amazônico
    • Mulheres na Igreja
  • Contato
close
search
  • Início
  • Sobre o IHU
    • Gênese, missão e rotas
    • Sala Ignacio Ellacuría e Companheiros
    • Rede SJ-Cias
      • CCIAS
      • CEPAT
  • Programas
    • Observasinos
    • Teologia Pública
    • IHU Fronteiras
    • Repensando a Economia
    • Sociedade Sustentável
  • Notícias
    • Mais notícias
    • Entrevistas
    • Páginas especiais
    • Jornalismo Experimental
    • IHUCAST
  • Publicações
    • Mais publicações
    • Revista IHU On-Line
  • Eventos
  • Espiritualidade
    • Comentário do Evangelho
    • Ministério da palavra na voz das Mulheres
    • Orações Inter-Religiosas Ilustradas
    • Martirológio Latino-Americano
    • Sínodo Pan-Amazônico
    • Mulheres na Igreja
  • Contato
search

##TWEET

Tweet

Livro sobre 'escravos livres' é tão forte que obriga a olhar para o presente

Mais Lidos

Vídeos IHU

  • play_circle_outline

    5º domingo de páscoa – Ano C – A comunidade do ressuscitado

close

FECHAR

Revista ihu on-line

Arte. A urgente tarefa de pensar o mundo com as mãos

Edição: 553

Leia mais

Zooliteratura. A virada animal e vegetal contra o antropocentrismo

Edição: 552

Leia mais

Modernismos. A fratura entre a modernidade artística e social no Brasil

Edição: 551

Leia mais
Image

COMPARTILHAR

  • FACEBOOK

  • X

  • IMPRIMIR PDF

  • WHATSAPP

close CANCELAR

share

17 Agosto 2017

"Um século depois do fim do tráfico, Fernando Henrique Cardoso, um presidente que informava ter "um pé na cozinha", passava feriadões na Marambaia, nas terras que haviam sido do poderoso fazendeiro Joaquim de Souza Breves. Depois do fim (legal) do tráfico, ele tinha ali um viveiro de escravos contrabandeados", escreve Elio Gaspari, jornalista, em artigo publicado por Correio do Povo, 16-08-2017.

Segundo ele, citando Beatriz Mamigonian, professor da UFSC, "nenhuma análise da construção do Estado nacional brasileiro e de sua ordem jurídica pode mais desconsiderar a extensão e a gravidade da ilegalidade associada ao tráfico de escravos."

Eis o artigo.

Está nas livrarias "Africanos Livres: A Abolição do Tráfico de Escravos no Brasil", de Beatriz Mamigonian, professora da Universidade Federal de Santa Catarina. É um grande livro e conta uma história que, em muitos aspectos, foi varrida para baixo do tapete no século 19. De certa forma, continua lá até hoje.

Em 1831, o governo pôs em vigor uma lei pela qual ficavam livres "todos os escravos que entrarem no território ou portos do Brasil". Nessa época, o país deveria ter pouco mais de 4 milhões de habitantes. No máximo, 1,5 milhão deles seriam negros escravizados. Se a lei de 1831 tivesse sido cumprida, a história do Brasil teria sido outra.

Entre 1830 e 1856, entraram ilegalmente no país 800 mil novos escravos. O Segundo Império, com seus barões, o café e uma corte que fingia ser europeia, tinha um pé no contrabando de negros. Escravidão e contrabando, os males do Brasil foram.

Nas palavras da professora: "Nenhuma análise da construção do Estado nacional brasileiro e de sua ordem jurídica pode mais desconsiderar a extensão e a gravidade da ilegalidade associada ao tráfico de escravos."

O Estado brasileiro fingia que não via os barcos que traziam negros e sua burocracia cuidava de tirar das ruas a população "sempre perigosa" dos 11 mil "pretos livres" que haviam conseguido a proteção da lei de 1831.

Seguindo os costumes do mundo, eles não eram simplesmente libertados e, no Brasil, deviam cumprir 14 anos de aprendizado e serviços. Esse prazo era estourado e, às vezes falsificava-se a morte do "negro livre", re-escravizando-o com outra identidade. Os escravos de Mamigonian têm nome e endereço. Salomão Valentim morava na rua do Sabão, Serafina Cabinda, no beco do Mosqueiro.

Os negros eram entregues a "concessionários" que pagavam à Coroa módicas quantias e os usavam como empregados domésticos, podendo alugá-los. Um mês de aluguel quitava o débito anual do concessionário. Em alguns casos o negro era concedido a empreiteiros de obras públicas. Naquela época o grande empreiteiro baiano era o comendador Barros Reis.

A concessão de negros destinava-se a gente de "reconhecida probidade e inteireza". O marquês de Paraná, grande articulador da política de conciliação, ganhou 26 e mandou-os para sua fazenda de café. O marquês (depois, duque) de Caxias teve 22. O visconde de Sepetiba ganhou um lote e anos depois sua filha ajudou Carolina Conga a fugir em busca da emancipação. Ela tinha 22 anos de serviços. (Também eram atendidos jornalistas, como Justiniano José da Rocha.) A concessão de um negro podia azeitar um voto na Câmara.

Um século depois do fim do tráfico, Fernando Henrique Cardoso, um presidente que informava ter "um pé na cozinha", passava feriadões na Marambaia, nas terras que haviam sido do poderoso fazendeiro Joaquim de Souza Breves. Depois do fim (legal) do tráfico, ele tinha ali um viveiro de escravos contrabandeados.

Lendo Mamagonian convive-se com o deputado Tavares Bastos defendendo os negros, com o Visconde do Uruguai protegendo a burocracia, e o jurista Teixeira de Freitas advogando para contrabandistas. Quando se passa por Carolina Conga, Salomão Valentim e Serafina Cabinda, veem-se ao fundo as sombras do juiz Sergio Moro, de Michel Temer, e dos ministros Moreira Franco e Gilmar Mendes.

Leia mais

  • Em sentença histórica da Corte Interamericana (OEA), Brasil é condenado por trabalho escravo e tráfico de pessoas
  • Trabalho escravo no Brasil: os riscos de passar de vitrine a vidraça. Entrevista especial com Xavier Plassat
  • “Hoje há mais escravos do que havia antes da proibição da escravidão”, constata Manfred Max Neef, economista
  • Resgatados trabalhadores em condição análoga à de escravo no Pantanal de MS
  • “Nunca houve tantos escravos como hoje”
  • “Agro é pop”: propaganda da Globo sobre cana tem imagens de escravos
  • Confresa, cidade do Mato Grosso, lidera ranking de resgatados em trabalho escravo
  • Fazenda Brasil Verde: Histórias de um país que não superou o trabalho escravo
  • Ex-trabalhador escravo resgatado no Pará relata abuso e violência
  • Ministra do TST diz que reforma trabalhista permite trabalho escravo
  • MS: Condição análoga a de escravo marca rotina de trabalho em fazenda no pantanal
  • Fiscalização resgata 21 trabalhadores em condições análogas às de escravo em Guapó (GO)
  • MPF denuncia dono de fazenda no Tocantins onde grupo de combate ao trabalho escravo resgatou sete trabalhadores
  • Número de pessoas que usufruem do trabalho escravo é 40 vezes maior do que divulgado
  • “Não lembro da última vez que recebi algum dinheiro”, afirma vítima de trabalho escravo
  • Trabalho escravo: “Há fazendas com hospitais para o gado, mas o trabalhador não tem nem água tratada"
  • 35% dos resgatados em ações de combate ao trabalho escravo são imigrantes
  • Governo oculta nomes que poderiam estar na “lista suja” do trabalho escravo
  • Sobre a Lista do Trabalho Escravo do Brasil
  • No campo, terceirização é álibi para o trabalho escravo
  • ‘Existe trabalho escravo na região Sul, sim’, diz auditora fiscal do trabalho
  • Tráfico de pessoas. A forma contemporânea de escravidão humana. Revista IHU On-Line, N° 414
  • Trabalhador resgatado do trabalho escravo contemporâneo recebe prêmio nacional de Direitos Humanos

Notícias relacionadas

  • Frases do dia

    Pato “Mas não há nenhuma discussão qualificada e pública do problema (do aumento ou não dos impostos). Grita quem não que[...]

    LER MAIS
  • Frases do dia

    Coragem "Dilma, jovem, corajosamente nada disse, mesmo sob tortura. Agora, devia tudo dizer, com igual coragem" - Chico Alencar, [...]

    LER MAIS
  • Frases do dia

    Ebola “Hoje Dilma Rousseff perderá seu mandato. Assim, dos quatro brasileiros eleitos para a Presidência desde a redemocratiz[...]

    LER MAIS
  • ‘Posse de Temer é um desastre para o Brasil’, diz ministro de FHC

    LER MAIS
  • Início
  • Sobre o IHU
    • Gênese, missão e rotas
    • Sala Ignacio Ellacuría e Companheiros
    • Rede SJ-Cias
      • CCIAS
      • CEPAT
  • Programas
    • Observasinos
    • Teologia Pública
    • IHU Fronteiras
    • Repensando a Economia
    • Sociedade Sustentável
  • Notícias
    • Mais notícias
    • Entrevistas
    • Páginas especiais
    • Jornalismo Experimental
    • IHUCAST
  • Publicações
    • Mais publicações
    • Revista IHU On-Line
  • Eventos
  • Espiritualidade
    • Comentário do Evangelho
    • Ministério da palavra na voz das Mulheres
    • Orações Inter-Religiosas Ilustradas
    • Martirológio Latino-Americano
    • Sínodo Pan-Amazônico
    • Mulheres na Igreja
  • Contato

Av. Unisinos, 950 - São Leopoldo - RS
CEP 93.022-750
Fone: +55 51 3590-8213
humanitas@unisinos.br
Copyright © 2016 - IHU - Todos direitos reservados