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O “inútil massacre” de 1917: assim falou um papa há 100 anos. Artigo de Alberto Melloni

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01 Agosto 2017

“Bento XV tinha intuído uma coisa: que, 100 anos depois, com duas guerras mundiais às costas, a questão ainda é verdadeira. Buscar soluções pragmáticas, sem temer equívocos e xeques-mates, é um caminho a seguir. Um problema ainda em aberto 100 anos depois da nota, em um mundo que assumiu sem hesitação a definição bergogliana da ‘terceira guerra mundial em capítulos’.”

A opinião é do historiador italiano Alberto Melloni, professor da Universidade de Modena-Reggio Emilia e diretor da Fundação de Ciências Religiosas João XXIII de Bolonha. O artigo foi publicado por La Repubblica, 31-07-2017. A tradução é de Moisés Sbardelotto.

Eis o texto.

Há 100 anos, em um verão [europeu] como este, um homem diminuto e pouco hierático confrontou-se com a Guerra Mundial: a primeira; se quisermos, também esta em capítulos, mas muito mais ligados e religados do que aqueles de que falamos hoje, como se a devastação em partes fosse um mal menor.

Aquele homem, Bento XV, fez isso com uma proposta diplomática que se revelou um insucesso proverbial: uma paz sem indenização e sem mudança de regime ou de fronteira não foi aceita por ninguém; sobre os mortos, plantaram-se vitórias e reparações, e, naquele caldo de violência das massas sobre as massas, cresceram as bactérias do fascismo, que ainda circulam e de cuja vitalidade estupidamente nos admiramos.

Mas aquele homem venceu em um ponto minúsculo: e, naquela nota data de 1º de agosto de 1917, ele disse duas palavras que se tornaram uma sentença, se quisermos não ouvida, talvez lida com algum reducionismo, mas inesquecível e perpétua: “inútil massacre”.

Naquele verão de 1917, o Papa Giacomo Della Chiesa – que chegou ao trono de Pedro quase para se vingar do veto do imperador da Áustria, que, em 1903, tinha barrado a ascensão ao pontificado do cardeal Rampolla, seu mestre de diplomacia – entendeu que a guerra não podia mais se encaixar no pequeno esquema intransigente do castigo de um Deus malvado perante a incredulidade moderna. E, então olhou, com os óculos pequenos e tortos da diplomacia, mas que são sempre melhores do que a catarata das ideologias.

Naquele verão de 1917, os Estados Unidos entraram não em uma guerra mundial, mas dentro da guerra no mundo em que vive desde então. A luta submarina “total” introduziu um adjetivo funesto que nunca sairia da linguagem militar. Na Rússia, o governo republicano de Kerensky, que derrubou o czar, e já na agonia, restauraria a autocracia na sua versão bolchevique. Derrotados na batalha de Gaza, os ingleses mandaram para o Oriente Médio o general Allenby, que, em 9 de dezembro, conquistaria Jerusalém, oito séculos e alguma coisa depois da tomada dos cruzados. As primaveris vitórias italianas na Batalha de Bate são apenas a antessala da de Caporetto em novembro.

Nas trincheiras de toda Europa, a contagem dos mortos e dos mutilados emudece o vitalismo que tinha esperado pela guerra como purificação do mundo, e o badalar dos morteiros, como sinfonia da modernidade: e restam apenas vidas que são “como as folhas de outono sobre as árvores” ou que rastejam na lama.

O papa entende que defender “os sagrados templos, os ministros de Deus” dos seus primeiros apelos de 1914 não tem nenhum sentido; que a trégua de Natal que tinha perturbado os Estados maiores por causa do entusiasmo que tinha despertado entre as tropas não é mais um caminho; que o apelo à oração cai no vazio ou dá corda para a propaganda (na França, o texto da oração pela paz de 7 de fevereiro de 1917 foi sequestrado como opúsculo derrotista).

Assim, ele joga a carta da diplomacia, que é sempre e apenas a tentativa de recriar o equilíbrio instável chamado paz, jogando na mão certa a carta da racionalidade. Ele trabalha nisso desde 12 de dezembro de 1916, quando vê na oferta de paz dos impérios centrais evidentes intenções autoabsolutórias, mas também um caminho: oferece-se para apoiá-la (embora França e Inglaterra avisam-no que consideram “desagradável qualquer intervenção da Santa Sé pela paz”); e por sete meses, até a votação de julho do Reichstag, que vê convergirem o partido católico e a esquerda, ele trabalha em uma proposta própria feita por pontos, em cujo centro está a proposta de uma paz que permita o desarmamento.

Gasparri, o seu secretário de Estado, escreveu-a em 11 pontos em janeiro; depois, em sete, em junho, quando Eugenio Pacelli já havia ido como núncio para a Alemanha. Um núncio inexperiente, que se equivoca ao desobedecer ao seu superior que queria que ele voltasse para Berlim; e que, no fim, é ignorado pela escolha de Bento XV e de Gasparri de agir com uma nota vaticana a todas as “potências beligerantes”.

Aprimorada por semanas, datada de 1º de agosto, embora entregue depois, a nota queria sair do genérico com hipóteses sobre desarmamento, arbitragem, fronteiras, renúncia às reparações, que foram rejeitadas pelas chancelarias: os países vítimas de invasão a consideram um gesto cruel, os outros, uma tentativa de fazer uma “paz branca”, que ignorava as exigências nacionais e as traições, outros, uma afronta aos outros países ignorados no texto.

Mesmo entre os católicos, a nota do papa que a propaganda chama de “Maledetto XV” [em vez de Benedetto, Bento em italiano], dando a entender um conluio com os impérios, é ou fria ou negativa: o grande pregador parisiense, na presença do cardeal de Paris, a repudia do púlpito; na Itália, os bispos satisfeitos pelo poder dos patrióticos, recomendam uma “interpretação” correta e denunciam as “desonestas” dos pacifistas.

Um fracasso que inibiu o papado para sempre: tanto que, depois daquela nota, somente João XXIII ousou tomar o caminho da encíclica sobre a paz e induziu todos os outros às perorações, também fortes ou fortíssimas.

Faltava a Bento XV a intuição teológica de fundo diante da paz e da guerra: aquela que reconhece na paz não apenas o resultado de uma filosofia social, mas também um nome do Messias – “Cristo, nossa paz”, diz a Escritura; e que reconhece na guerra não apenas o resultado de um desequilíbrio político, mas também uma operação diabólica. Da qual, nós, hoje, captamos a bestialidade quando um corpinho morto em uma praia ou a foto de um bombardeio capturam e perfuram, por um punhado de minutos, a crosta feroz da distração.

Porém, Bento XV tinha intuído uma coisa: que, 100 anos depois, com duas guerras mundiais às costas, a questão ainda é verdadeira. Buscar soluções pragmáticas (“concreto” é um adjetivo andreottiano a ser tomado, por isso, com as pinças), sem temer equívocos e xeques-mates, é um caminho a seguir. Um problema ainda em aberto 100 anos depois da nota, em um mundo que assumiu sem hesitação a definição bergogliana da “terceira guerra mundial em capítulos”: sem se perguntar em quantos capítulos se faz a paz e a quem cabe escrever o primeiro, ou mesmo apenas o título.

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