Cuba adere aos transgênicos

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19 Dezembro 2016

Um texto publicado nesta sexta-feira (16/12) no Granma, o órgão oficial do Partido Comunista cubano, faz defesa explícita dos organismos geneticamente modificados (OGM). O redator fala dos “extraordinários avanços científicos” na segunda metade do século 20 e garante a “inocuidade” dos transgênicos no ambiente e na saúde humana, após mais de 20 anos de uso comercial.

A reportagem foi publicada por De Olho nos Ruralistas, 17-12-2016.

Segundo o Granma, a oposição aos OGM se deve ao mau uso da tecnologia, “falta de informação, capacitação deficiente e às práticas abusivas de determinadas produtoras de semente em nível mundial”.

O jornal do PC cubano conta que uma oficina realizada há alguns meses na ilha concluiu que os cultivos de geneticamente modificados contribuíram para mitigar a crise da falta de alimentos no mundo e o efeito das mudanças climáticas.

A posição de Cuba contrasta com a de países centrais do próprio mundo capitalista, que, especialmente na Europa, têm imposto leis restritivas à proliferação dos transgênicos.

O Brasil é mencionado pelo Granma em enumeração sobre os países com maior superfície agrícola destinada aos transgênicos: Estados Unidos, Brasil, Argentina, Índia, Canadá e China. “Mais de 80% da soja cultivada e comercializada no mundo é transgênica”, informa o jornal.

De acordo com o Granma, “nenhuma organização técnico-científica de caráter internacional ou nacional fez pronunciamentos negativos sobre as plantas transgênicas”. O jornal menciona como apoiadores dos OGM a Organização Mundial da Saúde (OMS), a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO) e acadêmias de ciência do Brasil, China, Índia e México.

O cultivo de milho transgênico na ilha começou em 2009, em 900 hectares na província de Ciego de Ávila. Mas foi interrompido. Será retomado, em 2017, em mais extensões de terras, para substituição das importações do cereal.

Cuba também quer obter soja transgênica resistente a herbicidas. O governo cubano diz que a substituição de importações contribuirá para a “sustentabilidade alimentar da nação”.

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