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22 Agosto 2016

A situação era sempre a mesma, depois de descer do segundo ônibus na volta do trabalho, tarde da noite, vinha o medo. Bárbara Souza Santos segurava firme a bolsa, encolhia-se um pouco, apertava o passo e cruzava o mais rápido possível a escura e deserta Praça Dom Feliciano, em Porto Alegre. O temor era um só, ser atacada por algum homem.


Thaís Pedrozzi, Priscila Neiwert, Babi Souza, Patrícia Nunes e Dominique Bittencourt atravessam juntas a Praça D. Feliciano.

Fonte: CartaCapital. Foto: René Cabrales.

A reportagem é de Rodrigo Casarin e publicada por CartaCapital, 19-08-2016.

Um dia notou que outras mulheres faziam o mesmo trajeto e transpareciam o mesmo medo. Não era o temor da violência urbana por si só, mas o que resulta de uma sociedade incapaz de entender que o corpo da mulher pertence somente a ela. A observação não lhe saiu do pensamento e prestes a chegar em casa veio o lampejo, por que aquelas mulheres não se uniam para atravessar a praça juntas?

Bárbara, a Babi, andava desapontada com o rumo de sua carreira jornalística. Tinha cansado de trabalhar em veículos tradicionais e a vida em agência de comunicação não lhe rendia o tempo livre almejado. Além disso, começou a ficar incomodada por ter de produzir textos para uma grande marca de produtos de beleza em cujo conteúdo não acreditava. “A mensagem era de que para poder se sentir lindas as mulheres tinham de comprar aqueles produtos.”

Entrou em crise. Pensou em como a Babi de 13 anos enxergaria a jovem hoje com 25 e concluiu que a adolescente ficaria indignada. Ao se perguntar onde gostaria de trabalhar não achou resposta. Começou então a pesquisar sobre atividades relacionadas a empreendedorismo social.

A desilusão e a pesquisa juntaram-se ao sentimento de medo de outrora e à ideia que tivera. Nascia ali o Vamos Juntas?, projeto que incentiva mulheres a oferecer companhia e apoio a colegas em situações semelhantes àquela que Babi vivera.

Em 2015, quando colocou a ideia na internet, rapidamente percebeu o quanto a iniciativa poderia ser útil. Em um dia mais de 5 mil pessoas acompanhavam a página no Facebook, número que dobrou no segundo dia e hoje atinge 370 mil. São mulheres do Brasil inteiro que ali dividem temores e compartilham dicas sobre como escapar de atos de violência.

“Minha reação foi de incredulidade”, comenta Babi sobre a adesão instantânea de milhares de pessoas à iniciativa. “Minha vida mudou. A imprensa me procurava e eu dava mais entrevistas do que trabalhava. Fiquei uns três meses sem acreditar no que estava acontecendo.” Foi então que pediu demissão para focar de vez no projeto, algo que considerava muito significativo.

Passou a dar palestras sobre empoderamento e sororidade e, em março deste ano, transformou o projeto no livro Vamos Juntas? O Guia da Sororidade para Todas e hoje desenvolve um aplicativo no qual mulheres podem combinar formas de se ajudar. Babi conta que recebe mais de cem mensagens diárias, boa parte relatos de abusos ou situações de risco. Ela também criou a Bertha Comunicação, agência focada em empresas capitaneadas por mulheres empreendedoras. “As clientes me procuram porque confiam em mim.”

Voltando ao Vamos Juntas?, uma pesquisa recente feita por uma estudante do MBA de Mídias Digitais da Faculdade Estácio, no Recife, ouviu 8.141 seguidoras da página e constatou que 76,1% das entrevistadas afirmaram sentir-se mais seguras ao transitar pelas ruas graças à iniciativa de Babi. Ela vê o movimento como uma manifestação do feminismo aplicada ao dia a dia.

“Por causa do Vamos Juntas? muitas mulheres hoje sabem que não são culpadas pelo assédio. Recebo diversas mensagens de gente dizendo que antes não tinha contato com o debate sobre esse tipo de assunto. Então, ele trouxe uma vertente do feminismo muito simples, fácil de entender, tanto que há seguidoras que não sabem que se trata de um movimento feminista.”

Claro que em um mundo ideal as mulheres não sofreriam assédio e movimentos como o Vamos Juntas? não precisariam existir. Mas, enquanto a sociedade não atinge tal patamar, a iniciativa se justifica, avalia a jornalista, principalmente porque divulga informações que ajudam as mulheres a se empoderar e a reagir a possíveis investidas, além de mostrar o quão execráveis os homens podem ser em muitas situações.

“Já recebi mensagens de jovens dizendo ignorar até então ser tão complicado ser mulher e só perceber isso depois de conhecer o Vamos Juntas? São relatos do tipo ‘juro que não sabia que era tão horrível chamar uma mulher de gostosa na rua’ ou que o tema deveria até se tornar disciplina escolar, porque ele queria saber desse ‘outro lado’ antes de se tornar machista. Por isso acho que as histórias acabam por ter esse papel de educação e conscientização.”


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