12 Agosto 2016
Relógio atrasado
“Michel Temer atrasou o relógio da história em quatro décadas ao nomear um ministério sem nenhuma mulher. Agora o titular da Saúde, Ricardo Barros, mostrou que está em sintonia com o chefe. Ele declarou que os homens vão menos ao médico porque "trabalham mais" – Bernardo Mello Franco, jornalista – Folha de S. Paulo, 12-08-2016.
Infeliz
“A afirmação é desmentida por dados oficiais. Segundo o IBGE, as mulheres trabalham quatro horas a mais por semana, somando o tempo que dedicam às atividades domésticas. O ministro nem precisava saber disso para evitar o palpite infeliz. Bastava ler a pesquisa que ele mesmo divulgou. Nela, menos de 3% dos homens apontam o horário de funcionamento das unidades de saúde como razão para não frequentá-las” – Bernardo Mello Franco, jornalista – Folha de S. Paulo, 12-08-2016.
Despreparo e seguradoras
“A incontinência verbal evidencia o despreparo de Barros, mas não chega a ser o pior traço de sua gestão. O que mais preocupa é a forma como ele defende abertamente os interesses das seguradoras, setor que forneceu o maior doador de sua campanha a deputado em 2014” – Bernardo Mello Franco, jornalista – Folha de S. Paulo, 12-08-2016.
‘Popular’?
“Agora Barros quer criar um tipo de plano de saúde "popular", com cobertura menor do que o mínimo exigido hoje pela ANS. Não é preciso ter diploma de medicina para saber quem vai lucrar com a ideia” – Bernardo Mello Franco, jornalista – Folha de S. Paulo, 12-08-2016.
Filme queimado
“A orelha de Ricardo Barros (Saúde) está em chamas. “O chefe acha que as mulheres devem se aposentar antes justamente porque trabalham mais”, disse um auxiliar de Michel Temer, incomodado com “mais uma” declaração polêmica do ministro” – Natuza Nery, jornalista – Folha de S. Paulo, 12-08-2016.
‘Logo o senhor, pai!’
"Pai, logo o senhor que tem duas mulheres como nós em casa, a vice-governadora do Estado do Paraná, Cida Borghetti, e eu, deputada estadual. Trabalhamos tanto quanto o senhor" – Maria Victória Borghetti Barros, deputada estadual -PP-PR – O Estado de S. Paulo, 12-08-2016.
Brioche$
“Com toda sua habilidade retórica, Temer não logrou explicar algo essencial. Tratados à base de cargos e brioche$, atendidos em todas as suas reivindicações, os aliados do governo aprovaram o projeto sobre a renegociação das dívidas estaduais por 282 votos a 140. Para um governo que precisa de pelo menos 308 votos para prevalecer nas votações de reformas que dependem de emendas constitucionais impopulares é pouco, muito pouco, pouquíssimo. Daí as pulgas que se instalaram no dorso da orelha dos empresários que olham para Brasília se esforçando para ver o lado bom da situação, mesmo que seja preciso procurar um pouco” – Josias de Souza, jornalista – portal Uol, 12-08-2016.
Motor
“A declaração de Haddad de que "golpe" é uma palavra forte para definir o impeachment de Dilma Rousseff incendiou grupos do PT e de partidos de esquerda no WhatsApp e irritou movimentos sociais ligados ao partido. "É uma palavra dura para quem é mole", diz Raimundo Bomfim, coordenador da Central de Movimentos Populares” – Mônica Bergamo, jornalista – Folha de S. Paulo, 12-08-2016.
‘É golpe mesmo’
"O golpe - e eu discordo do Fernando Haddad (prefeito de São Paulo), tem que chamar de golpe mesmo, esse é o substantivo e adjetivo adequado ao caso - vai se tornar ainda mais sujo, mais suspeito, se ele for por essa linha que vai se colocar na Presidência uma pessoa absolutamente suspeita" – Gilberto Carvalho, ex-ministro do governo Dilma – O Estado de S. Paulo, 12-08-2016.
Autocrítica
“A grande autocrítica que o PT tem que fazer e tem feito, mas tem que fazer cada vez mais e publicamente, foi ter incorrido no erro de se tornar semelhante a tudo que está aí, a todos os outros partidos que praticaram à exaustão e com muito mais intensidade algumas coisas que o PT acabou fazendo. Então, não tenho medo nenhum de fazer autocrítica, mas é uma autocrítica que tem que ser pontuado por ser exatamente igual aos outros” – Gilberto Carvalho, ex-ministro do governo Dilma – O Estado de S. Paulo, 12-08-2016.
Os mais difíceis
"Tem sido muito difícil, esses têm sido os Jogos mais difíceis que tivemos, em termos de política e economia. Foi uma luta" – John Coates, vice-presidente do Comitê Olímpico Internacional – BBC Brasil, 11-08-2016.
Luta
"Sete anos atrás, quando eles (Brasil) foram selecionados, estavam prestes a ter o 5º maior PIB do mundo e agora estão em 74º. Você sabe o resto, tem sido uma luta por causa das questões financeiras e do apoio exigido de todos os níveis de governo" – John Coates , vice-presidente do Comitê Olímpico Internacional – BBC Brasil, 11-08-2016.
Ironia?
“Na verdade, o PIB brasileiro é o 9º maior do mundo, segundo ranking do Banco Mundial atualizado no final de julho. Não está claro se Coates foi irônico em sua comparação ou se misturou PIB com PIB per capita, ranking no qual, segundo a mesma fonte, o Brasil posiciona-se pouco acima da 70ª posição” – comentário do portal Uol, 11-08-2016.
Decepção
"Queria que tivesse mais torcida, a gente achava que eles estavam distribuindo ingressos para pessoas pobres e crianças de escola, mas ainda não os vimos nos locais de competição, o que é uma decepção" – comentário do portal Uol, 11-08-2016.
Gol contra
“Parte da Esplanada considera perigosa a tentativa de fritura de Henrique Meirelles por emissários do Planalto, pois a eventual fragilização do ministro leva o próprio interino a reboque” – Natuza Nery, jornalista – Folha de S. Paulo, 12-08-2016.
Menos é mais
“Há explicação para as críticas veladas ao chefe da equipe econômica: palacianos querem Meirelles suficientemente forte para dar sustentação ao governo, mas não tão forte a ponto de parecer maior que o presidente da República” – Natuza Nery, jornalista – Folha de S. Paulo, 12-08-2016.
Barro
“Pressionada pela recessão e pelas investigações, a Odebrecht já demitiu 70 mil pessoas. E deve cerca de R$ 90 bilhões” – Mônica Bergamo, jornalista – Folha de S. Paulo, 12-08-2016.
Fundo do poço
“Estamos, sim, no fundo do poço em segurança pública (no RS), pois não há perspectiva de saída a curto prazo” – Rodrigo de Azevedo, pesquisador e professor do Programa de Pós-Graduação em Ciências Criminais da PUCRS – Zero Hora, 12-08-2016.
Presidenta ou Presidente?
“As duas formas estão no dicionário e nos melhores escritores. Usar uma ou outra é apenas preferência pessoal. Acusar quem usa presidenta de ignorante é, isso sim, ignorância” – Renato Janine Ribeiro, professor de Filosofia e ex-ministro da Educação – Zero Hora, 12-08-2016.
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