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25 Junho 2008

O Ministério Público Federal quer investigação contra autoridades supostamente envolvidas em crimes de assassinatos e seqüestros durante o regime militar (1964/1985). Por intermédio dos procuradores Marlon Alberto Weichert e Eugênia Augusta Gonzaga Fávero, a instituição protocolou representações na Procuradoria da República nos Estados de São Paulo e do Rio e no município de Uruguaiana (RS) para a abertura de procedimentos criminais.
 Os procuradores citam dez militares e policiais como alvos dos inquéritos e a eles atribui participação direta em três operações, em 1971 e 1980. Segundo o Ministério Público, as representações fazem parte de “um conjunto de medidas adotadas em razão de crimes cometidos contra a humanidade por autoridades públicas que participaram das atividades de repressão à dissidência política durante a ditadura no Brasil”.
Em São Paulo, é pedida apuração de seqüestro e homicídio “com uso de meio cruel e sem possibilidade de defesa” contra Luiz José Cunha, o comandante Crioulo, militante da Ação Libertadora Nacional (ALN), baleado pelas costas na Avenida Santo Amaro. O caso ocorreu em novembro de 1971, durante diligências do DOI-CODI (Destacamento de Operações de Informações - Centro de Operações de Defesa Interna), órgão de inteligência e repressão do Exército nos anos de chumbo.
No Rio, os procuradores pedem investigação do seqüestro de Horácio Domingo Campiglia, cidadão ítalo-argentino, e Monica Susana Pinus de Binstock, argentina, ocorrido em 13 de março de 1980. No Rio Grande do Sul, o Ministério Público quer apurar a Operação Condor, criada por regimes militares da América do Sul para captura de opositores.

(cfr. notícia do dia 25-06-08, desta página).