Consumo humano de insetos é aposta de empresário

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06 Abril 2011

Criador da cervejaria Kaiser, o empresário mineiro Luiz Otávio Pôssas Gonçalves está entusiasmado com o debate sobre o consumo humano de insetos. "O meu pessoal come e gosta. A gente faz grilo frito e fica uma delícia. É ótimo com uma cervejinha", diz ele.

A reportagem é de Bettina Barros e publicada pelo jornal Valor, 07-04-2011.

Pôssas Gonçalves criou há três anos a Nutrinsecta, uma empresa do grupo Vale Verde para produção de insetos. Com investimento de cerca de R$ 12 milhões, ela produz uma média mensal de 1.400 quilos de grilos, tenébrios (larva de besouro) e baratas vendidos vivos, desidratados ou em ração. No fim do ano, começou a trabalhar com larvas de moscas. "É um ótimo negócio", diz, contando que uma segunda planta está em andamento.

A fábrica surgiu após a necessidade do empresário, um amante de aves, encontrar uma fórmula balanceada de ração para a sua criação particular de pássaros. Segundo ele, as sementes oferecidas aos animais, como a de girassol, são gordurosas. Pôssas Gonçalves descobriu o potencial de negócio quando soube que, em forma de ração, os insetos reduzem a mortalidade das aves de cativeiro. "A proteína de insetos é a melhor do mundo. Além de não ser gordurosa, é de fácil absorção", diz. Hoje, a empresa vende esse insumo para grandes criadores e zoológicos.

Há seis meses, a empresa entrou com pedido de autorização para comercializar insetos para consumo humano no Ministério da Agricultura. "Não há regulamentação no Brasil para a criação de insetos. Isso impede o comércio".

Recentemente, uma turma de doutorandos da Esalq/USP, descobriu um representante de vendas da Nutrinsecta e organizou um almoço "entomológico". No menu, macarrão com tenébrio e guacamole. "É gostoso, mas pelo preço não vale", diz o biólogo e gourmet Aloisio Coelho Junior, organizador do evento. "Pagamos R$ 90 por menos de 300 gramas"