22 Março 2011
"Na presente situação não posso assumir a responsabilidade de silenciar", diz Hans Küng: A Igreja católica está enferma, talvez moribunda. Em vez de minimizar, ocultar, silenciar, é preciso assumir um honesto diagnóstico e propor terapias eficazes.
Essa proposta está presente no mais recente livro de Küng, Ist die Kirche noch zu retten? [A Igreja ainda pode ser salva?], recém publicado pela editora alemã Piper.
Durante toda a sua vida Hans Küng serviu a Igreja católica (em todo o caso, nem sempre para alegria dos papas): como teólogo mundialmente respeitado, como sacerdote e autor muito lido.
Agora ele novamente presta à Igreja um serviço, enquanto expressa claramente de que a Igreja está enferma, por que enfermidade ela está afetada. Sua crise ultrapassa muitíssimo os casos de abuso e seu acobertamento: trata-se de uma crise sistêmica básica. Uma Igreja que continua atendo-se ao seu monopólio de poder e de verdade, em uma inimizade sexual e com as mulheres, que se recusa às reformas e ao mundo moderno esclarecido, não poderá sobreviver – esse é o diagnóstico de Hans Küng. Por isso ele propõe uma agenda para um "diálogo futuro", explicitada em seu novo livro.
Hans Küng, nascido em 1928 em Sursee, Suíça, é professor emérito de teologia ecumênica da Universidade de Tübingen e presidente da Fundação Ética Mundial, cujo escritório brasileiro encontra-se no Instituto Humanitas Unisinos - IHU. Ultimamente, foram publicados sua obra mais pessoal, Was ich glaube [O que creio], assim como Anständig wirtschaften. Warum Ökonomie Moral braucht [Negociar honestamente. Por que a economia necessita de moral].
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A Igreja ainda pode ser salva? O novo livro de Hans Küng - Instituto Humanitas Unisinos - IHU