17 Dezembro 2012
"O papa precisou de alguém que lhe indicasse onde devia pressionar para disparar o tuíte porque ele não tem uma grande familiaridade com as novas tecnologias. O que é importante é a disponibilidade do papa e a sua abertura a esse novo mundo comunicativo". A afirmação é de Dom Carlo Maria Celli, presidente do Pontifício Conselho para as Comunicações Sociais, que cuidou do desembarque do papa no Twitter, falando à agência Ansa às margens do congresso "As notícias em alta velocidade", organizado pela associação Stampa Romana.
A reportagem é do sítio Vatican Insider, 14-12-2012. A tradução é de Moisés Sbardelotto.
"Ficamos surpresos com a ressonância midiática mundial. Chegamos a quase 2 milhões de seguidores", acrescentou Celli. "Os primeiros são os ingleses, depois estão os espanhóis e os italianos. É verdade que os alemães são em menor número, enquanto nos surpreendeu que haja tantos árabes o seguindo. Quando eu explicava ao Santo Padre o que significava ter tantos seguidores e o efeito da retuitagem no mundo, o papa entendeu perfeitamente e estava ciente de que isso tinha uma possibilidade comunicativa excepcional".
"Neste momento, não consideramos necessário abrir uma página do Facebook do papa, porque o Facebook tem uma dimensão muito mais pessoal, enquanto o YouTube e o Twitter têm uma dimensão mais institucional", continuou.
"Não é verdade, como alguns disseram, que o papa nem vê os tuítes, porque ele os tem que aprovar. A Secretaria de Estado envia os textos junto com os outros documentos para a aprovação. Se não fosse assim, não se trataria de tuítes do papa. Tecnicamente, outra pessoa os escreve, mas podemos dizer que, de modo geral, se trata de uma mensagem do papa".