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Jornalismo, ética e segurança pública

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22 Novembro 2012

"Se tomarmos os recentes eventos de São Paulo, por exemplo, ainda não vi uma matéria que busque compreender as raízes mais profundas da crise ou a real dimensão dela", escreve Cláudio Beato, sociólogo e coordenador do Centro de Estudos em Criminalidade e Segurança Pública da Universidade Federal de Minas Gerai, em artigo publicado no jornal Folha de S. Paulo, 22-11-2012.

Eis o artigo.

Na última segunda-feira, dia 19, a Folha publicou uma entrevista comigo. A sua chamada na Primeira Página: "País deve negociar com criminosos, afirma sociólogo", atribuindo-me posições que me são completamente estranhas.

Jamais diria uma sandice destas.

O objeto de minha análise girou em torno de vários temas relativos à crise estrutural que estamos vivendo na segurança pública. De forma muito secundária, falei sobre como são utilizados estratégias de mediação de conflitos e negociação por parte das organizações que atuam no setor de segurança.

Negociação é o que a polícia faz através de profissionais numa rebelião em presídio para não ter que matar mais de uma centena deles. Mediação é o que fazem ONGs e igrejas com membros de gangues e quadrilhas em conflito. Eu me referi à realidade que ocorre tanto em outros países como também, de forma pontual, no Brasil. Jamais afirmei que isto deveria ser utilizado como estratégia ou política pública, muito menos através do Estado.

Quando saiu a publicação, fiquei surpreso porque se confundiu deliberadamente mediação com negociação, e não foi feita referência aos diversos temas e propostas que estavam sendo discutidos. Fui vítima do sensacionalismo do título que terminou desconstruindo totalmente minha fala a ponto de quase ninguém ler o que estava sendo dito na entrevista.

Afora as implicações éticas, é interessante notar o processo social que este tipo de jornalismo suscita.

Após a publicação da entrevista, o site da Folha publicou mais de 400 comentários de internautas que, além de ameaças, adjetivos e palavrões, muito pouco se debruçavam sobre o texto da entrevista.

Como de praxe, houve a reafirmação de posições corporativas rechaçando a presença de agentes externos para discutir o tema. Tenho acompanhado as discussões em blogs e redes sociais. Salvo notáveis exceções e afora as ameaças explícitas, o tom é muito parecido. São raros os debates racionais e com base minimamente científica na segurança.

Será que este é o público que estamos informando para debater temas de segurança pública? Estamos condenados às trevas da truculência e ameaças ao tentar discutir soluções mais além das corporações ou dos eventos episódicos?

O que eu não havia me dado conta ainda é o quanto nossa imprensa contribui para esse nível de debate.

Sempre soube que ela era parte importante do problema de segurança pública, pois não reflete de forma mais arguta sobre os graves problemas estruturais que vivemos no Brasil. Se tomarmos os recentes eventos de São Paulo, por exemplo, ainda não vi uma matéria que busque compreender as raízes mais profundas da crise ou a real dimensão dela.

Nossa estrutura de segurança pública é disfuncional, pouco efetiva, bastante descrita na imprensa - mas raramente analisada. Abdica-se da investigação jornalística para lançar mão de "especialistas", autoridades e denúncias na busca de "furos" e manchetes de efeito efêmeras, mas com consequências perversas na construção de nossa cidadania incompleta.

Eis um setor da administração pública que se beneficiou pouco com a democratização brasileira: a segurança pública. Ela ainda é isolada, pouco transparente, avessa a debates e sem nenhum sentido de prestação de contas acerca do que fazem.

Se por um lado a imprensa teve o importante papel de denunciar suas mazelas, acabou sendo contaminada pelo espetáculo e sensacionalismo de nossas misérias cotidianas.

Nós, "especialistas", terminamos sendo algumas vezes vitimas involuntárias. Expostos de forma desnecessária, através de fotos e manchetes que desconstroem completamente o conteúdo do que dizemos em favor do espetáculo, acabamos alvos da irracionalidade e ira reinantes.

Os danos são irreparáveis, e as sequelas mais profundas do que o protagonismo de atores individuais.


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