Por: André | 02 Outubro 2013
Em março de 2013, iniciou uma estratégia de transparência baseada em três colunas: a abertura de uma oficina de imprensa para o diálogo com os meios de comunicação; a criação de uma página na internet; e a publicação do relatório anual.
A reportagem é de Jesús Bastante e publicada no sítio espanhol Religión Digital, 01-10-2013. A tradução é de André Langer.
O presidente do Instituto para as Obras de Religião (IOR), conhecido como Banco Vaticano, Ernst von Freyberg, indicou que os católicos do mundo inteiro “têm o direito de saber o que esta parte da Santa Sé faz e entender como contribui para a Igreja no mundo”, em uma entrevista concedida à Rádio Vaticano, por ocasião da publicação do Relatório Anual 2012 do IOR.
Além disso, Von Freyberg, que destaca a transparência da instituição e aponta que o relatório também será entregue aos bancos “para demonstrar que é um ‘business-partner’ sólido e bem administrado” e à imprensa e analistas financeiros.
Ernst von Freyberg, que foi nomeado presidente do Conselho de Superintendência do IOR em fevereiro de 2013, explica que em março de 2013 iniciou uma estratégia de transparência baseada em três colunas: a abertura de uma oficina de imprensa para o diálogo com os meios de comunicação; a criação de uma página na internet; e a publicação do relatório anual, o primeiro publicado em 125 anos de história.
Por outro lado, aponta que em maio de 2013 contratou “o Promontory-Group dos Estados Unidos para revisar cada conta e realizar investigações especiais” e acrescentou que junto com isso o IOR está “examinando seus procedimentos para aceitar os clientes” para assegurar-se de que “não se realize nenhuma ação de lavagem de dinheiro no Instituto”.
Neste sentido, afirma que prosseguem na criação de um Instituto “transparente” em relação ao qual, segundo indica, “o Santo Padre decidirá, este ano ou no próximo, a direção que o banco irá tomar”.
O Instituto para as Obras de Religião foi fundado em 27 de junho de 1942 pelo Papa Pio XII e a ele se encomendou a tarefa de servir a Santa Sé e os seus clientes na Igreja católica em todo o mundo. Suas origens remontam à ‘Comissão para as Causas Pias’, criada em 1887 pelo Papa Leão XIII.
Os estatutos, que foram modificados pelo Papa João Paulo II em 1990, indicam que deve “velar pela guarda e administração de bens transferidos ou confiados ao Instituto por pessoas físicas ou jurídicas e destinados a obras religiosas ou de caridade” e que “pode aceitar depósitos de bens por parte de entidades ou pessoas da Santa Sé e do Estado da Cidade do Vaticano”.
Deste modo, o IOR oferece serviços de pagamentos em todo o mundo à Santa Sé e a entidades vinculadas, ordens religiosas, outras instituições católicas, ao clero, empregados da Santa Sé e corpos diplomáticos acreditados. Atualmente, é regulado pela Autoridade de Informação Financeira (AIF), organismo supervisor financeiro do Estado da Cidade do Vaticano.
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“Os católicos têm direito de saber” sobre as contas do IOR, diz Ernst von Freyberg - Instituto Humanitas Unisinos - IHU