Por: André | 02 Julho 2013
O Papa Francisco viajará, na próxima segunda-feira, à ilha italiana de Lampedusa, a mais meridional da Itália, para reunir-se com os imigrantes irregulares que chegam a esse lugar com o objetivo de entrar na Europa, informou o porta-voz, Federico Lombardi.
A reportagem está publicada no sítio espanhol Religión Digital, 01-07-2013. A tradução é do Cepat.
Lampedusa encontra-se a cerca de 100 km da costa do norte da África e onde chegam todos os anos vários milhares de imigrantes irregulares procedentes da África e da Ásia, em busca de um futuro melhor na Europa.
O Papa Bergoglio irá a Lampedusa nas primeiras horas da manhã de 08 de julho, de avião, e regressará a Roma logo depois do meio-dia, assinalou Lombardi, que precisou que o pontífice quer que a visita se desenvolva da maneira “mais discreta possível”.
“O Papa Francisco, profundamente tocado pelo recente naufrágio de uma embarcação que transportava imigrantes provenientes da África, último de uma série de análogas tragédias, deseja rezar pelos que perderam a sua vida no mar, visitar os sobreviventes e refugiados presentes, animar os moradores da ilha e fazer um chamado à responsabilidade de todos, para que se ocupem destes irmãos e irmãs em extrema necessidade”, afirmou Lombardi.
O porta-voz assinalou que Francisco subirá a uma barca em um pequeno porto da ilha e realizará um percurso pelo mar até o porto principal de Lampedusa.
Durante o percurso, o papa argentino lançará ao mar uma coroa de flores em homenagem aos imigrantes que morreram em numerosos naufrágios.
Depois se reunirá com os imigrantes que estão alojados no centro de imigração de Lampedusa e em seguida presidirá uma missa na praça esportiva da ilha. Concluída a missa, regressará a Roma.
Lombardi insistiu no caráter “discreto e simples” que o papa deseja dar à visita. Por isso, estará acompanhado de um reduzido séquito e poucos bispos ou pessoal do Vaticano.
Entre os que acompanharão a visita estarão o bispo de Agrigento, província siciliana da qual depende Lampedusa, e o prefeito da ilha.
Em 16 de junho passado, ao menos sete imigrantes norte-africanos morreram quando procuravam chegar à costa italiana escondidos nos cestos para a pesca de atum de um pesqueiro tunisiano, segundo explicaram alguns dos 95 imigrantes que estavam a bordo de uma embarcação e que presenciaram o fato.
A tragédia aconteceu a 136 quilômetros a sudoeste de Malta, no Canal da Sicília, quando os tripulantes do pesqueiro tunisiano Khaked Amir cortaram as cordas das nassas ao descobrir os clandestinos e os jogaram na água, segundo essas testemunhas.
Nas últimas semanas chegaram à costa do sul da Itália mais de mil imigrantes irregulares, entre eles mulheres grávidas, uma das quais deu à luz em meados de junho durante a travessia.
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Francisco irá ao encontro com imigrantes sem documentação, em Lampedusa - Instituto Humanitas Unisinos - IHU