Por: André | 24 Fevereiro 2014
O apelo do Papa: “Evitemos fofocas, intrigas, panelinhas”. Palavras que não dão lugar a interpretações e que apostam no fechamento definitivo da escura estação dos Vatileaks e dos venenos entre as hierarquias eclesiásticas. Ou seja, “evitemos todos e ajudemo-nos reciprocamente para evitar costumes e comportamentos de corte: panelinhas e favoritismos”. Um manifesto da Igreja pobre para os pobres, a serviço do Evangelho. Francisco pediu, durante a sua homilia, que todos os cardeais façam um trabalho de “conversão dos corações”: “Uma conversão que todos nós, especialmente vocês cardeais e eu, devemos fazer. Conversão”.
Fonte: http://bit.ly/1fK4HTo |
A reportagem é de Giacomo Galeazzi e publicada no sítio Vatican Insider, 23-02-2014. A tradução é de André Langer.
Uma advertência que se ouve como “programa de governo” de todo o Pontificado e modelo para a ação pastoral. “O cardeal entra na Igreja de Roma, não numa corte. Sejam santos”, aconselhou o Papa Francisco, citando as leituras do domingo, aos membros do seu “senado” criados durante o Consistório de sábado. “Imitar a santidade e a perfeição de Deus pode parecer uma meta inatingível”, disse durante a missa. “Nós, ao contrário, somos tão diferentes, tão egoístas e orgulhosos – acrescentou; contudo, a bondade e a beleza de Deus nos atraem, e o Espírito Santo pode nos purificar, pode nos transformar, pode nos plasmar dia a dia”.
Às 10h deste 7º Domingo do Tempo Comum, Francisco presidiu na basílica vaticana a concelebração eucarística com os cardeais criados no Consistório de sábado e com todos os cardeais presentes em Roma. O Pontífice entrou em procissão com os novos cardeais, precedidos pelos demais 150 cardeais: todos estavam vestidos com os parâmetros verdes e a mitra branca. A procissão terminou no altar da Confissão, onde o Papa presidiu a missa.
“Jesus não veio para nos ensinar boas maneiras, maneiras de salão! Para isto não era necessário que descesse do Céu e morresse na Cruz – destacou Francisco. A quem quiser segui-lo, Jesus pede para amar a quem não o merece, sem esperar nada em troca, para preencher os vazios de amor que há nos corações, nas relações humanas, nas famílias, nas comunidades, no mundo”. Por este motivo, “ser santo não é um luxo, é necessário para a salvação do mundo”. “Queridos irmãos cardeais – explicou Bergoglio –, Jesus e a mãe Igreja nos pedem para dar testemunho com maior zelo e ardor destas atitudes de santidade”. E, justamente, neste suplemento de gratidão “consiste a santidade de um cardeal”.
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“Evitem intrigas, fofocas e favoritismos”, pede o Papa Francisco aos novos cardeais - Instituto Humanitas Unisinos - IHU