11 Agosto 2015
O arcebispo de Chicago Dom Blase Cupich deve receber outra grande incumbência pelo Papa Francisco: um lugar à mesa na próxima Assembleia Sinodal sobre a família em Roma.
A reportagem é de Michael O’Loughlin, publicada pelo sítio Crux, 07-08-2015. A tradução é de Isaque Gomes Correa.
A notícia, divulgada primeiramente pela Catholic News Agency, foi mais tarde confirmada pelo sítio Crux junto a uma autoridade eclesiástica que quis manter anonimato porque não estava autorizado para falar sobre o assunto.
A Conferência dos Bispos Católicos dos Estados Unidos – USCCB havia escolhido Cupich como delegado substituto em novembro do ano passado, juntamente com o arcebispo de San Francisco Dom Salvatore Cordileone, representante conservador na hierarquia americana e coordenador de uma comissão episcopal sobre o matrimônio.
Francisco também nomeará outro bispo estadunidense: Dom George Murry, da Diocese de Youngstown, Ohio, que é jesuíta assim como o Papa Francisco. Murry é um dos poucos bispos católicos afro-americanos.
Quando se encontrava em Roma, no mês de junho, para a missa da bênção e entrega do pálio, Cupich foi um dos poucos arcebispos recém-nomeados a quem o papa concedeu uma audiência privada.
Cupich, 66, rapidamente se tornou um líder destacado da ala centro-esquerda da hierarquia católica nos Estados Unidos desde a sua nomeação em novembro passado. Ele foi escolhido a dedo por Francisco para trabalhar como chefe da terceira maior arquidiocese do país, e esta sua mais recente nomeação irá reforçar ainda mais o seu perfil de “o homem do papa” no país.
Em seus primeiros meses diante da Arquidiocese de Chicago, Cupich escolheu para ser as principais prioridades, sob o seu comando, a questão da imigração e o problema das mudanças climáticas, entre outros temas.
No geral, o conjunto dos bispos eleitos para participar no Sínodo – que dará continuidade a um debate iniciado no ano passado sobre questões envolvendo a vida em família, incluindo tópicos como contracepção, sexualidade, divórcio e um segundo casamento – compõe-se de bispos conservadores:
• Dom Joseph Kurtz, arcebispo de Louisville e presidente da USCCB.
• Cardeal Daniel DiNardo, de Galveston-Houston, vice-presidente da USCCB.
• Dom Jose Gomez, arcebispo de Los Angeles.
• Dom Charles Chaput, arcebispo da Filadélfia.
Tanto Kurtz e como DiNardo participaram da primeira parte do Sínodo, ocorrida em outubro passado em Roma.
Esta Assembleia Sinodal de 2014 incluiu debates, sem precedentes na Igreja, sobre certas situações que desafiam as famílias modernas, indo desde o divórcio e um segundo casamento até questões envolvendo a homossexualidade, a poligamia e tensões da guerra.
Em junho, Murry e Cupich estiveram em Washington, DC, com o Cardeal Donald Wuerl para participar de um fórum com líderes trabalhistas do país.
Wuerl e o cardeal nova-iorquino Timothy Dolan também devem participar como delegados, pois os dois são membros do Conselho Ordinário da Secretaria Geral do Sínodo dos Bispos.
Se Cupich e Murry forem confirmados, o número de delegados dos Estados Unidos subirá para oito.
Esta segunda parte do Sínodo acontecerá entre os dias 4 e 24 de outubro, começando dias depois de Francisco terminar a sua visita a três cidades dos Estados Unidos no final de setembro.
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Papa deve nomear Cupich, de Chicago, como delegado sinodal - Instituto Humanitas Unisinos - IHU