Horror e desespero no mais recente massacre de migrantes no norte da Líbia, segundo jesuítas italianos

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07 Agosto 2015

O Centro Astalli expressa novamente profundo pesar pelas dezenas de vítimas do naufrágio de ontem na costa da Líbia.

Estamos frente a enésima tragédia que poderia ter sido evitada colocando em ação uma política séria e responsável por parte dos Estados e das instituições europeias. Este enésimo naufrágio evidencia a ineficácia das ações de salvamento e socorro colocada em prática pela União Europeia.

A informação é publicada pelo Centro Astalli, Roma, que acolhe refugiados e é mantido pelos jesuítas italianos, 06-08-2015. A tradução é de Ivan Pedro Lazzarotto.

Fizemos mais uma vez um apelo à União Europeia e aos governos nacionais para que coloquem no topo de suas prioridades medidas para evitar a morte de quem até hoje não tem outra possibilidade para pedir asilo na Europa se não a de pagar aos traficantes. Nos últimos meses assistimos atônitos a morte de pessoas no mar no momento em que são avistadas e que se aproximam, deveriam ser socorridas e salvas  das embarcações. Hoje pagamos um preço bem alto pela escolha nefasta de interromper a operação Mare Nostrum e substituí-la pela Triton que se mostra, novamente, incapaz de atingir seu objetivo: socorrer e salvar vidas.

O Centro Astalli reitera a urgência de se criar canais humanitários seguros. São necessárias vias legais que permitam a quem foge de guerras e perseguições de pedir asilo na Europa sem arriscar a vida na mão de traficantes.

Solicitamos ainda uma tempestiva intensificação e uma maior eficácia das operações de socorro e salvamento num raio maior.

P. Camillo Ripamonti, presidente do Centro Astalli: “Se a Europa não conseguir salvar as vidas humanas que tentam socorrer, temos que nos perguntar o que não está funcionando. Neste ponto parece evidente que o salvamento das vidas humanas e a acolhida dos refugiados não é um problema meramente de oportunidade ou possibilidade econômica. É preciso mudar de direção e redefinir o sentido de uma civilização que, não acolhendo, mata”.