Cardeal Sarah denuncia modelo de cooperação e esforços ocidentais para se mudar o ensinamento da Igreja sobre a família

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27 Fevereiro 2015

Um dos mais importantes cardeais africanos no Vaticano condenou as tentativas de alguns países ocidentais em impor seus próprios valores culturais a países pobres, acrescentando certas condições para que estes possam participar de programas de cooperação internacional, e disse que a África poderia se tornar a ponta de lança da Igreja contra a decadência ocidental.

A reportagem é de Abigail Frymann Rouch, publicada pelo The Tablet, 25-02-2015. A tradução é de Isaque Gomes Correa.

O cardeal guineense Robert Sarah, prefeito da Congregação para o Culto Divino, fez este e outros comentários durante uma entrevista, a ser publicada em livro, intitulada “God or nothing” [Deus ou nada].

Em trechos divulgados pela editora Fayard ante a publicação do livro em 25 de fevereiro, o cardeal diz: “Quanto ao meu continente de origem, quero fortemente condenar um desejo de se impor falsos valores usando-se argumentos políticos e financeiros. Em alguns países africanos, ministérios dedicados à teoria de gênero foram criados em troca de apoio econômico!”.

Robert Sarah, de 69 anos, também falou sobre o próximo Sínodo dos Bispos sobre a família. No Sínodo 2014, grande parte da oposição às mudanças no ensinamento da Igreja relativo ao casamento civil e à homossexualidade veio dos prelados conservadores, alguns deles africanos. No livro, escrito por Nicolas Diat, o cardeal afirmou que separar o Magistério das práticas pastorais seria uma “forma de heresia”.

“A ideia de separarmos o Magistério das práticas pastorais, o que poderia evoluir à mercê das circunstâncias, modas e paixões, é uma forma de heresia, uma patologia esquizofrênica perigosa. Então, digo solenemente que a Igreja africana irá, incisivamente, se opor a qualquer rebelião contra o ensinamento de Jesus e o Magistério”.