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Teologia econômica: os deuses do capitalismo

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23 Fevereiro 2015

Deusa indiscutida da nossa época, a economia se vale do auxílio de outras cinco divindades em função da magnificação constante daquela Deusa. É isso que Maria Grazia Turri apresenta no seu livro Gli dei del capitalismo. Teologia economica nell'età dell'incertezza [Os deuses do capitalismo. Teologia econômica na era da incerteza].

A resenha é do filósofo e historiador italiano Paolo Ercolani, professor da Universidade de Urbino. O artigo foi publicado no sítio Il Manifesto, 20-02-2015. A tradução é de Moisés Sbardelotto.

Eis o texto.

Há períodos ou, às vezes, também, apenas eventos epocais capazes de revelar com inquietante clareza aquele inefável quiasma em que a roda instável das vicissitudes humanas se conecta com a astúcia da história. Produzindo uma espécie de instantâneo a partir do qual é possível intuir os claros contornos do tempo presente.

Nesse sentido, poucas são as dúvidas sobre o fato de que a encruzilhada da nossa época é representada pelo encontro, que se revela cada vez mais como uma verdadeira simbiose, entre religião e economia: "Assim como o homem é dominado na religião pela obra da sua própria cabeça, assim também na produção capitalista ele é dominado pela obra das suas próprias mãos" (Marx).

Ou, melhor, entre o fundamentalismo de uma racionalidade instrumentalista, egoísta e mercantilista, e a dimensão de uma fé em que o ser humano renuncia à sua própria centralidade, para se devotar de corpo e alma a divindades mundanas, que, em troca da sua liberdade e autonomia, deveriam lhe garantir todo tipo de progresso (infinito) e salvação (imediata).

Além disso, a relação entre economia e religião se revela uma relação simbiótica muito estreita, que pode ser encontrada desde a aurora dos tempos, se é verdade que o termo "mamom" (como qual, no Novo Testamento, se define a riqueza) deriva daquela raiz '''mn", que é a mesma do verbo "crer".

O que é certo é que a fé nas virtudes ascéticas e salvíficas do dinheiro, no entanto, destinava o fiel que pretendia se submeter a esse tipo de religião (a etimologia de religio remete ao recolher ou também acumular, neste caso, riqueza material) a uma espécie de "mau infinito" hegeliano de resultados nefastos.

"Quem busca o dinheiro, o dinheiro o deixará faminto", prevê o Eclesiastes (5, 9), e é aí que reside a origem ideológica da nossa época neoliberal: fundada ao mesmo tempo na ilusão de que um progresso infinito é possível, apesar da quantidade limitada dos recursos naturais à nossa disposição, assim como na lamentável convicção de que as virtudes de um mercado autorregulador podem nos garantir justamente aquele progresso infinito.

Se esse cenário que configura a nossa época de "nova grande transformação", para utilizar a célebre expressão de Karl Polanyi (demonstrando o fato de que a história não pode ensinar nada a alunos que não pretendem lhe dar ouvidos), revela toda a sua matriz ao mesmo tempo filosófica e econômica, ninguém melhor do que uma autora que é filósofa e economista pode ser capaz de revelar as suas dinâmicas e mecanismos de funcionamento (e disfuncionamento).

É o caso do novo livro de Maria Grazia Turri, estudiosa da Universidade de Turim, ou seja, de um imponente e extremamente erudito reconhecimento no terreno traiçoeiro em que economia e teologia se cruzam para substanciar os fundamentos da nossa época: Gli dei del capitalismo. Teologia economica nell'età dell'incertezza [Os deuses do capitalismo. Teologia econômica na era da incerteza] (Ed. Mimesis, 363 páginas).

A autora, com referências e análises finamente capazes de fundir, justamente, especulação filosófica e teoria econômica, nos explica aquilo que se apresenta, para todos os efeitos, como um novo paradigma pós-marxiano, em que a interação dialética entre economia e ideologia (filosofia), típica do período clássico do capitalismo, deixou espaço para uma nova constelação pós-ideológica e pós-política, em que a economia desempenha o papel de produtora absoluta de objetivos e valores para se submeter todos os cantos da dimensão humana.

Se o grande filósofo de Trier, de fato, tinha-nos recomendado, com profundidade inigualável, o cosmos caracterizado pela dialética entre estrutura econômica (sistema de produção industrial) e superestrutura ideológica (teoria liberal, finalizada a convencer que aquela estrutura representava o melhor dos mundos possíveis), Maria Grazia Turri – embora não abandonando os instrumentos da análise marxiana – nos explica com grande abundância de análises e detalhes um novo estágio do sistema de produção capitalista.

Para ser mais preciso, aquele estágio em que parece ter ocorrido, para todos os efeitos, a fusão entre estrutura e superestrutura, com a economia que assumiu o pleno controle da situação, substituindo-se às ideologias (declarados mortas) para assumir as vestes, por sua vez, da ideologia única e absoluta e submetendo a política para reduzi-la a serva e executora dos seus dogmas inatacáveis.

Deusa indiscutida da nossa época, para a estudiosa turinense, a economia se vale do auxílio de outras cinco divindades sabiamente apresentadas em função da magnificação constante daquela Deusa.

Através de refinadas e originais análises filosóficas, de fato, Turri nos explica o papel imprescindível do "Mercado", entendido como lugar da produção infinita e fim a si mesma (expurgando todo tipo de finalidade humana); do "Dinheiro", entendido como unidade de medida total da realização e, portanto, do valor de cada indivíduo; da "Liberdade", entendida em sentido egoísta e solipsista, portanto, acima de tudo como liberdade "dos" outros indivíduos e da res publica, já anacrônica; da "Felicidade" perversamente concebida como objeto encerrado nas malhas estreitas do próprio "eu", portanto, absolutamente não compartilhável, ao contrário, possível de ser obtido apenas ao preço de extorqui-la dos outros.

Finalmente, a "Racionalidade", que, enunciada exclusivamente a modo de pensamento calculista e antirrelacional, revela-se como a divindade, talvez, mais funcional para o reino da Economia. Sobretudo na medida em que, aliando-se com a técnica, soube se fazer "objetivação calculante" (Heidegger): é desse modo que a "técnica tecnológica aplicada à técnica financeira deu origem às ciberfinanças, forma de domínio social por excelência".

Cinco divindades que, reconfiguradas depois da queda dos deuses próprios do mundo industrial, reduzem o mundo humano a agência a serviço de um pensamento único e incontestável. De um novo mundo onde só há espaço para os deuses do capitalismo. Que, notoriamente, não são movidos pelo amor ao ser humano.


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