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27 Outubro 2016

El diez por ciento más rico de los hogares incrementó su ingreso medio un 49,5 por ciento en un año y pasó de concentrar el 26,6 al 28,5 por ciento de la riqueza.

El reportaje es de Fernando Krakowiak, publicado por Página/12, 26-10-2016.

La distribución del ingreso empeoró de manera significativa en el segundo trimestre de este año respecto al mismo período de 2015, según se desprende de una serie de cuadros estadísticos publicados ayer por el Indec. El diez por ciento más rico de los hogares incrementó su ingreso medio en el último año de 34.330 a 51.321 pesos, un 49,5 por ciento. De este modo, pasó de concentrar un 26,6 a un 28,5 por ciento del ingreso total familiar en los 31 conglomerados urbanos relevados por la Encuesta Permanente de Hogares. La contracara es el decil de hogares más pobres que en el mismo período aumentó su ingreso medio de 2791 a 3730 pesos, un 33,6 por ciento, lo que lo llevó a reducir su participación en el total de 2,2 a 2,1 por ciento.

El Indec solía publicar los datos del segundo trimestre en un informe difundido a fines de septiembre, pero en esta ocasión el organismo demoró un mes respecto de la fecha habitual, sólo subió los cuadros a la web sin ningún informe adjunto y ni siquiera los anunció en su cronograma de publicaciones, en lo que pareciera un intento de manipulación destinado a tratar que los datos pasen desapercibidos. Esta maniobra se suma a una serie de “retoques” polémicos que realizó el organismo que conduce Jorge Todesca en informes clave como los de desocupación, pobreza, Producto Interno Bruto y producción industrial, tal como fue detallado por Página/12 el último domingo.

Las cifras que acreditan el fuerte aumento de la desigualdad durante los primeros meses de la gestión macrista se subieron a la web, pero no es fácil hallarlas ya que no se destacan en la página principal del portal. Los cuadros están en la subsección “Distribución del ingreso” dentro de la sección “Trabajo e ingresos” de la pestaña “Sociedad” y sin ningún documento adjunto donde se los analice, tal como era habitual. Junto a los datos de ingresos monetarios percibidos por los hogares y las personas, históricamente además se difundía el coeficiente Gini que también da cuenta de la desigualdad en la distribución, pero en este caso no fue publicado.

Si se toman las cifras correspondientes a la población total según ingreso per capita familiar, también se observa un claro deterioro de la distribución del ingreso. El diez por ciento más pobre concentraba en el segundo trimestre del año pasado el 1,8 por ciento del ingreso frente al 29,7 por ciento del diez por ciento más rico, mientras que en el segundo trimestre de este año el primer grupo acumuló el 1,7 por ciento del ingreso y el segundo el 31,3 por ciento.

En términos de ingreso efectivo, los más pobres treparon de una media per capita de 731 a 950 pesos, un 29,9 por ciento más. El diez por ciento más rico de la población, en cambio, hace un año tenía un ingreso medio per capita de 11.921 pesos y ahora subió a 18.037 pesos, un 51,3 por ciento más. El incremento de la desigualdad es consecuencia directa del impacto que viene generando la política económica oficial sobre los que menos tienen.

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