Uma carta aberta dirigida aos Primazes das Igrejas ortodoxas autocéfalas e ao Patriarca Bartolomeu para solicitar que se dê início ao Concílio pan-ortodoxo na data pré-fixada porque “prorroga-lo” seria uma “falência” ao princípio de conciliaridade. A subscrever o apelo são 1000 estudiosos das maiores universidades do mundo e teólogos de diversas Igrejas ortodoxas.

A informação é publicada por Servizio de Informazione Religiosa – SIR, 13-06-2016. A tradução é de Benno Dischinger.

“Nós cremos – lê-se na carta tornada conhecida pelo Patriarcado ecumênico nesta manhã – que não haja dificuldades insuperáveis para iniciar o Concílio em junho, não obstante tenham sido levantadas questões importantes em mérito aos esboços dos documentos conciliares e aos procedimentos conciliares. Reconhecemos a legitimidade de algumas questões, como por exemplo a solicitação de reabrir a discussão sobre os esboços dos documentos conciliares. Concordamos também que haja muitas outras questões referentes à Igreja no século XXI. Todavia, estamos convencidos que o melhor lugar para a solução das controvérsias hoje, como nos tempos antigos, seja o próprio Concílio. Transferir o Concílio mais uma vez, significa fazer falir o princípio de conciliaridade em nível global”.

“Ninguém – prosseguem os professores – espera que o Concílio possa resolver todas as questões importantes e sanar todas as controvérsias jurisdicionais em dez dias. Mas esperamos que este Concílio seja o início de um processo de cura e possa inaugurar uma nova era de conciliaridade global e de unidade. Os representantes das Igrejas locais que querem por em risco o trabalho do Concílio com ulteriores retardos não deveriam intimidar os demais líderes ortodoxos que desejam começar neste ano este Concílio na festa de Pentecostes. No século passado, a Igreja ortodoxa deu testemunho ao mundo através de uma rica herança teológica e pelo sangue dos mártires. O Santo e Grande Concílio oferece a oportunidade de aviar uma nova era de testemunho ortodoxo. Os olhos de todo o mundo estão fixados na Igreja ortodoxa. Nós suplicamos a todos os nossos líderes que escutem a chamada do Espírito à unidade conciliar”.