27 Abril 2016
As centrais sindicais e os movimentos sociais articulados na Frente Brasil Popular e na Frente Povo Sem Medo realizarão um grande ato unificado no dia 1° de maio junto ao Monumento do Expedicionário, no Parque da Redenção, em Porto Alegre. A atividade, com início marcado para as 10h, além da presença de lideranças políticas, sindicais e dos movimentos sociais, contará com apresentações culturais e artísticas. Atos regionais também serão realizados em diversas cidades do interior gaúcho para marcar o 1° de maio.
A reportagem é de Marco Weissheimer, publicada por Sul21, 27-04-2016.
A plenária nacional da Frente Brasil Popular, realizada semana passada em São Paulo, definiu que o 1º de maio será marcado pela denúncia do golpe em curso e das ameaças de retirada de direitos sociais e trabalhistas em um eventual governo Temer. Segundo o presidente da CUT-RS, Claudir Nespolo, que participou da plenária em São Paulo, o tema do 1º de maio será unitário: “Trabalhadores pela democracia em defesa dos direitos sociais e trabalhistas”.
Os próximos dias serão marcados por várias atividades em Porto Alegre com o mesmo objetivo político. Nesta quarta (27), às 19h, será realizada a plenária da Frente Brasil Popular e da Frente Povo Sem Medo, em Canoas, no Sindicato dos Metalúrgicos. No mesmo horário, em São Leopoldo, ocorrerá a reunião do Comitê em Defesa da Democracia (na rua Independência, 66). Na quinta (28), será a vez do Dia Nacional de paralisação e mobilização das Universidades em defesa da Democracia. Neste mesmo dia, às 18 horas, na Esquina Democrática, em Porto Alegre, será realizado o ato “Todos pela Democracia – Fora Temer e Cunha! Dilma fica!”, atividade organizada pelo Comitê Cultura pela Democracia. Também está sendo chamado o ato “Anistia não, Fora Cunha!”, para esse mesmo horário, também na Esquina Democrática.
Na sexta, estudantes da PUC-RS e da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) realizarão reuniões. A Frente Universitária da PUC-RS em Defesa da Democracia se reunirá às 17 horas. No mesmo horário, a Frente Universitária em Defesa da Legalidade e da Democracia da UFRGS promove o encontro “Juventude contra o golpe: Fora Cunha e Temer”, na Faculdade de Direito da UFRGS. Ainda na sexta, às 17 horas, as Mulheres em Defesa da Democracia realizarão um ato público em Novo Hamburgo, na Praça do Imigrante. Por fim, às 18h30, ocorrerá a Plenária Estadual contra o Golpe, realizada pelo Comitê de Advogados e Advogadas pela Legalidade Democrática, no Sindicato dos Bancários, em Porto Alegre.
O sábado também já conta com uma série de atividades programadas em defesa da democracia e contra o golpe. Entre elas, o Sarau da Democracia, às 16 horas, na Casa do Artista Riograndense. Organizado pelo mandato da vereadora Sofia Cavedon, o sarau contará com a participação de Raul Ellwanger, Liane Schuler, Silfarnei Alves e Lélia Almedida. Também às 16 horas, está sendo convocada pelas redes sociais a “Marcha Anti Fascista: pela reparação histórica”, na Esquina Democrática, em Porto Alegre. O ato está sendo chamado pela Ação Popular e pela Liga Insurrecionista Brasileira. No domingo será a vez do grande ato unificado de 1º de maio, no Parque da Redenção.
As centrais sindicais também estão preparando grandes atos de 1° de maio em outras capitais. Em São Paulo, as atividades começarão com um “escracho” à bancada de senadores (Aloysio Nunes Ferreira e José Serra, do PSDB, e Marta Suplicy, do PMDB), para que votem contra o processo de impeachment. O principal ato do dia está marcado para o Vale do Anhangabaú, na capital paulista, a partir das 10 horas do domingo. Além das intervenções políticas, vários shows musicais marcarão a data. Estão previstas as presenças de Beth Carvalho, Martinho da Vila, Detonautas, Chico Cesar e Luana Hansen, entre outros nomes.
A Frente Povo Sem Medo, liderada pelo Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), pretende intensificar as mobilizações ainda nesta semana, com fechamento de rodovias e avenidas, ocupações e manifestações, para mandar um recado aos parlamentares que votarem a favor do impeachment. “O que precisa ficar claro é que um governo Temer não vai ter apoio popular e nem vida fácil para aprovar o seu projeto”, diz Josué Rocha, coordenador estadual do MTST em São Paulo.
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Centrais sindicais e movimentos sociais preparam grande ato contra o golpe - Instituto Humanitas Unisinos - IHU