Por: André | 08 Abril 2016
O Papa Francisco visitará no dia 16 de abril – e não no dia 15, como inicialmente estava previsto – a ilha de Lesbos, para demonstrar sua solidariedade com refugiados e migrantes que se dirigem à Europa.
A reportagem é de Iacopo Scaramuzzi e publicada por Vatican Insider, 07-04-2016. A tradução é de André Langer.
“Acolhendo os convites de Sua Santidade Bartolomeu, Patriarca Ecumênico de Constantinopla, e do presidente da República da Grécia”, indicou a Sala de Imprensa da Santa Sé, “Sua Santidade Francisco se dirigirá a Lesbos no sábado 16 de abril. Na Ilha, o Santo Padre, Sua Santidade Bartolomeu e Sua Beatitude Hieronymus II, arcebispo de Atenas e de toda a Grécia, se reunirão com os refugiados”.
Os lugares dos possíveis eventos públicos, explicou o porta-voz vaticano, o Pe. Federico Lombardi, poderão ser tanto o centro de acolhida como o porto. À sua chegada, o Papa será recebido pelas autoridades. Para a ocasião será organizado um voo papal com um número muito reduzido de lugares, cerca de 30, incluindo o seu séquito. Viajará com o Papa um grupo muito reduzido de jornalistas.
Com um artigo na primeira página, intitulado “Lampedusa do Egeu”, o L’Osservatore Romano, confirmou, na tarde da quarta-feira, a notícia da visita à ilha grega, mas sem especificar ainda a data exata. “As condições de vida de milhares de refugiados e migrantes que chegaram à ilha grega de Lesbos estão se tornando cada vez mais precárias. Sobre sua situação, à qual as instituições polonesas deram respostas concretas, concentrou-se finalmente a atenção da mídia. O anúncio, que veio da Grécia, de uma visita do Papa Francisco junto com o Patriarca Ecumênico Bartolomeu, para oferecer uma resposta cristã à tragédia que está se consumando, rasgou o véu da indiferença que havia caído nestas últimas semanas. Sobretudo após o anúncio de um acordo entre a União Europeia e a Turquia sobre as repatriações. A ilha converteu-se em uma Lampedusa do Egeu. E, assim como Lampedusa, à qual o Papa Francisco dirigiu-se no começo do seu Pontificado, está em primeiro plano na emergência”.
Na quarta-feira à tarde, o Patriarcado Ecumênico de Constantinopla, em uma nota, destacou a atenção com que nos últimos meses Bartolomeu acompanhou “o desenrolar dos trágicos conflitos” no Oriente Médio “e a perseguição dos cristãos”, expressando “profunda preocupação” com a dramática situação dos refugiados e acrescentou que neste espírito teve alguns contatos com representantes do Papa (em fevereiro deste ano), a quem enviou uma carta pessoal no dia 30 de março.
“No contexto do interesse e da comum preocupação dos líderes religiosos, assim como de uma urgente necessidade de assumir uma iniciativa e uma ação comum para sensibilizar a opinião pública internacional, as agências e os corpos competentes – indica a nota –, Sua Santidade o Papa Francisco, Sua Santidade o Patriarca Ecumênico Bartolomeu e Sua Beatitude Hieronymus de Atenas e de toda a Grécia visitarão a ilha de Lesbos em um futuro próximo com o objetivo de se encontrarem com os refugiados e apoiá-los. Esta iniciativa dos líderes religiosos animará e dará forças aos milhares de refugiados que sofrem, inspirando a aplicação de ações apropriadas para a proteção das comunidades cristãs, assim como uma resposta adequada para a dramática situação dos refugiados.”
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O Papa irá no sábado a Lesbos para se encontrar com os refugiados - Instituto Humanitas Unisinos - IHU