México: desaparecimento de meninas aumentou 191% de 2012 a 2014, diz estudo

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01 Abril 2016

De 2012 a 2014, o número de meninas entre zero e 17 anos desaparecidas aumentou 191%, de acordo com informe divulgado nesta quinta-feira (31/03) pelo relatório da Redim (Rede pelos Direitos da Infância no México). Desde 2012, o número de jovens mulheres que desapareceram passou de 404 para 1.179.

A reportagem foi publicada por Opera Mundi, 31-03-2016.

O relatório analisa desaparecimentos que ocorreram desde 2006. Estes passaram a aumentar bruscamente a partir de 2012, quando Enrique Peña Nieto assumiu a presidência do México, cargo que ainda ocupa.

Nesse período de oito anos, mais de 22 mil jovens desapareceram, dos quais 30% são menores de 18 anos, isto é, 6.725 crianças e adolescentes.

Além disso, sete de cada dez desaparecidos são mulheres. Além disso, dos 2.506 adolescentes desaparecidos, 65% eram do sexo feminino. O Redim acredita que a grande quantidade de meninas sequestradas está vinculada ao crime organizado, que as usaria como escravas sexuais.

Na faixa etária dos zero aos quatro anos, entretanto, a maior parte dos desaparecidos são homens. A maioria destes meninos possui uma aparência física que “coincide com os pedidos de famílias norte-americanas que querem adotar ‘meninos pequenos e de pele branca’”, apontou o relatório.

Os estados que concentram o maior número de desaparecidos são Tamaulipas, Estado do México, Guanajuato, Baixa Califórnia e Coahuila.

Segundo o diretor executivo da Redim, Juan Martín Pérez García, existe “uma epidemia de desaparecimentos” no país. Para ele, o panorama se agrava ao observar que “não há nada que garanta que essas crianças estejam sendo procuradas”.

Para a representante da Unicef (Fundo das Nações Unidas para a Infância) no México, Alison Sutton, “a proporção de meninas, meninos e adolescentes desaparecidos merece um esforço especial para elaborar políticas de busca que sejam sensíveis a cada situação”.