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Populismo x elitismo na Igreja.

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02 Março 2016

Dividido ideológica, sociológica e etnicamente, o catolicismo precisa redefinir-se, defende Massimo Faggioli, teólogo italiano, professor na University of St. Thomas (EUA) e na Villanova University (EUA), em artigo publicado por Global Pulse, 29-02-2016. A tradução é de Isaque Gomes Correa.

Segundo ele, é “um paradoxo que a Igreja Católica, que teme introduzir métodos democráticos em sua própria estrutura de governo, seja uma das defensoras mais convictas da democracia que não seja procedimental, mas de natureza social; isto é, uma democracia que esteja a serviço do todas as pessoas”.

Eis o artigo.

Sem dúvida, o Papa Francisco é antielitista. A sua biografia, sua linguagem e sua mensagem estão firmemente enraizadas na “Teologia do Povo”. Mas isso é o suficiente para rotulá-lo de populista?

Essa indagação é importante por dois motivos: primeiro, para compreender Francisco e a oposição a ele; e, segundo, para compreender o quanto a Igreja Católica faz parte da “era do populismo” em que estamos vivendo.

Populismo e reações negativas ao estilo de catolicismo de Francisco

Um dos modos típicos em que se pode descartar o convite do papa latino-americano a um sistema social e econômico mais justo é rotulando-o de populista. 

Como prova, os opositores apontam para os seus comentários históricos a respeito do candidato populista à presidência dos EUA, Donald Trump.

“Uma pessoa que pensa apenas em construir muros, onde quer que seja, e não em construir pontes, não é um cristão. Isso não está no Evangelho”, contou aos repórteres o papa de 79 anos no final de sua recente viagem ao México.

“Quanto ao que você dizia sobre se eu aconselharia a votar ou não: não vou me envolver nisso. Digo apenas que esse homem não é cristão se ele disse coisas como essas. Devemos ver se ele disse as coisas dessa maneira e nisso dou o benefício da dúvida”, acrescentou.

Os mais famosos dos especialistas católicos contrários a Francisco ponderaram sobre essas afirmações e concluíram, como um deles o fez em artigo no New York Times, que Trump e o papa eram, os dois, populistas.

No entanto, existem muito mais diferenças do que semelhanças entre este papa jesuíta argentino e o bilionário candidato à presidência dos Estados Unidos da América.

Acusar Francisco de ser populista diz, na verdade, mais sobre o horizonte moral e intelectual do mundo ocidental em que a Igreja atualmente vive. Antes de tudo, tem a questão de quem se põe a acusar o papa de populismo. É interessante ver que aqueles católicos que formam o seu polo oposto em termos ideológicos são a expressão do populismo católico típico das elites.

O colunista acima mencionado do New York Times, Ross Douthat (ex-aluno de Harvard, um dos símbolos do elitismo americano), jogou, poucos meses atrás, com a ideia populista de que os teólogos profissionais não têm uma voz que precisa ser respeitada (pelo menos) no cenário público, onde “uma guerra civil na Igreja” está em jogo.

​O falecido juiz da Suprema Corte americana Antonin Scalia (outro ex-aluno de Harvard) encarnava um catolicismo que revelava com desprezo os assim-chamados "sofisticados" formados pela elite acadêmica secular e informados pela imprensa convencional.

A Igreja na era atual do populismo

O populismo é muito complexo na Igreja e está ligado à nostalgia por uma época em que estava claro quem se encontrava no comando e quem estava ausente. Um exemplo é a natureza elitista da acusação de populismo contra a reforma litúrgica e a virada às línguas vernáculas.

Agatha Christie, Cristina Campo e, mais recentemente, o autor alemão Martin Mosebach não estão exatamente argumentando pela volta da missa em latim. Todavia, defendem a recuperação de algo que foi popular no sentido de que as pessoas praticavam-no, mesmo que não o entendessem. Afirmam defender um catolicismo supostamente popular, pré-Vaticano II. Mas este é inerentemente elitista.

Todo discurso sobre o populismo teológico precisa se relacionar com a ideia de “povo”. O fato é que se tornou difícil identificar “o povo” na Igreja bem como em nosso discurso político.

O século XX foi a era da mobilização das massas no Estado-nação, assim como na Igreja. Essa era foi substituída por um órgão social e eclesial mais fragmentado.

Costumava ser fácil identificar a elite católica com o clero, com intelectuais católicos e com líderes políticos católicos. Hoje, o papel de liderança do clero está em apuros, e existem líderes leigos católicos cuja voz importam mais do que a de muitos bispos e cardeais.

Por outro lado, “o povo” ainda é uma categoria importante para a Igreja, mas muito mais como uma ideia teológica (o Povo de Deus) do que como uma realidade homogênea, socialmente tangível.

Dividido ideológica, sociológica e etnicamente, o catolicismo globalizado precisa redefinir quem é o seu povo. Aqueles que acusam Francisco de populismo usam um entendimento puramente político de populismo. Muito distantes das preocupações deles estão implicações teológicas do que significa “povo” para a Igreja.

Mas o populismo é, mesmo, um problema na Igreja Católica atualmente? 

Sim, mas isso nada tem a ver com analogias superficiais entre o Papa Francisco e Donald Trump.

Uma das consequências inesperadas do Concílio Vaticano II foi o início de uma mudança profunda das elites no catolicismo contemporâneo. Compreender isso é uma tarefa enorme que corre por debaixo da superfície do atual pontificado. O papa está bem ciente da transformação nas elites que aconteceram nos últimos 50 anos mais ou menos.

Basta olhar para como ele se dirige a dois atores-chave no cenário onde a batalha pela liderança católica ocorre: os bispos e os novos movimentos eclesiais. Por exemplo, ele se dirige aos bispos de um modo que revela a sua opinião sobre as deficiências da eclesiologia “episcopaliana” do Vaticano II.

Mas Francisco não está apenas falando aos bispos sobre as ilusões dos seus eternos líderes. Em seus discursos e diálogos com os movimentos católicos (Comunhão e Libertação, Caminho Neocatecumenal, etc.), o papa sempre salienta que a Igreja não necessita de elites que estejam isoladas do resto da comunidade eclesial.

Mas será que isso significa que ele é um líder populista?

Sim, mas somente se a perspectiva de quem vê estiver baseada em considerações políticas, como acontece de ser o caso para a maioria das oposições do papa.

Acusar Francisco de abraçar o populismo evita, por completo, o fato de que, como líder de uma “Igreja como Povo de Deus”, ele é constitucionalmente um populista. Também revela que, para os comentadores mais políticos e religiosos atuantes na imprensa convencional de hoje, o espectro das culturas políticas aceitáveis é o espaço estreito entre o tradicionalismo e o conservadorismo na direita e, na esquerda, os moderados e reformistas.

Na nossa era, o radicalismo se tornou a heresia ulterior, tanto na Igreja Católica quanto no mundo dominado pelo paradigma tecnocrata. O convite à justiça social e econômica é facilmente reduzido ao populismo (o que, para uns, é uma variação do comunismo) em um mundo onde a política está em retirada, o autoritarismo está em ascensão e a Igreja é uma das últimas instituições globais com a coragem, com a gravitas e com os recursos de falar a verdade ao poder instituído.

Nessa situação, constitui um paradoxo que a Igreja Católica, que teme introduzir métodos democráticos em sua própria estrutura de governo, seja uma das defensoras mais convictas da democracia que não seja procedimental, mas de natureza social; isto é, uma democracia que esteja a serviço do todas as pessoas.

E isso é exatamente aquilo que os que acusam Francisco de estar sendo populista não gostam nesse papa.


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