Os bispos alemães foram o motor do Sínodo

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Por: Jonas | 27 Outubro 2015

O chamado grupo “Germânico” era um dos treze grupos linguísticos que trabalhou, durante três semanas, no Vaticano, a respeito dos desafios que a família moderna gera para a Igreja. Suas contribuições foram apreciadas por unanimidade pelos cerca de 400 bispos e cardeais convocados pelo Papa no Vaticano.

A reportagem é publicada por Religión Digital, 25-10-2015. A tradução é do Cepat.

Diferente do grupo de língua francesa, “Gallicus”, onde a convivência entre prelados europeus, africanos e canadenses não foi sempre fácil, com discussões em certas ocasiões azedas, os “germânicos” (alemães, austríacos, suíços) fizeram propostas originais.

Os cardeais, todos teólogos brilhantes e cultos, com posições muito variadas (conservadores, progressistas, moderados), trabalharam juntos “como uma grande família”, afirmaram vários observadores.

Os cardeais Reinhard Marx, Walter Kasper, símbolo do progressismo por suas posições de abertura, Christoph Schönborn, promotor de uma igreja moderada que escuta o mundo, e Gerhard Ludwig Müller, intransigente guardião do dogma como prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé, líder dos conservadores, encontraram em quase um mês de deliberações o que se chamou de “via alemã” ao Sínodo.

Até o inflexível Müller não se opôs à solução alcançada no documento final que aceita dar a comunhão, ‘de acordo com o caso’ e após um processo de elaboração e ‘discernimento’, aos divorciados em segunda união civilmente, que assim desejarem.

Trata-se de acompanhar a pessoa em uma espécie de tomada de consciência para voltar a ter acesso aos sacramentos: confissão e comunhão, com o que não se violaria a doutrina da Igreja, que considera o matrimônio indissolúvel.

Uma comissão de teólogos estudará a proposta posteriormente.

Os cardeais e bispos de língua alemã consideram que o conceito de matrimônio evoluiu e progrediu, em 2.000 anos de história do cristianismo, e que continua nesse processo.

Portanto, também propõem que se conceda um prazo aos casais para que amadureçam a ideia de contrair matrimônio e pedem que se deixe de forçá-los a tomar uma decisão: “ou tudo ou nada”.