Por: Jonas | 16 Outubro 2015
Em uma entrevista publicada nesta quinta-feira pela revista francesa Paris Match, o papa Francisco fez referência à problemática da mudança climática tendo conta a cúpula da ONU que se realizará na França entre os dias 30 de novembro e 11 de dezembro, e disse que “o cristão tem tendência ao realismo, não ao catastrofismo. No entanto, justamente por isso, não podemos negar uma evidência: o sistema atual é insustentável”.
Fonte: http://goo.gl/C7ykDS |
A reportagem é publicada por Religión Digital, 15-09-2015. A tradução é do Cepat.
Dias atrás, o líder da Igreja enviou uma carta aos participantes na segunda Conferência Mundial dos Povos que aconteceu na Bolívia, uma antessala do encontro em Paris, e lhes solicitou que se leve em conta o verdadeiro bem das pessoas.
“Necessitamos de um acordo que seja duradouro e que seja flexível de modo que os países possam melhorar suas aspirações e precisa ser um acordo credível, transparente, um acordo que gere prestação de contas”, indicou em seu escrito, no sábado passado.
“Nossa casa comum está contaminada, não para de se deteriorar. É necessário o compromisso de todos. Devemos proteger o homem de sua própria destruição”, advertiu na entrevista à revista francesa, e reiterou sua esperança de que a COP21 “contribua para decisões concretas, compartilhadas e orientadas, pelo bem comum, a longo prazo”.
Do mesmo modo, o Papa incentivou os dirigentes políticos para que encontrem “novas formas de desenvolvimento” de maneira que “mulheres, homens e crianças que padecem fome, exploração, guerra e desemprego, possam viver e crescer dignamente”.
“O capitalismo e o melhoramento não são diabólicos desde que não os idolatremos”, apontou, ainda que tenha esclarecido que se “a cobiça está na base de nosso sistema social e econômico, então nossas sociedades se dirigem à ruína”.
“A humanidade deve renunciar idolatrar o dinheiro e colocar novamente no centro o ser humano, sua dignidade, o bem comum, o futuro das gerações que povoarão a Terra depois de nós”, insistiu.
Por último, fez referência à situação atual no Oriente Médio, principalmente quanto ao que acontece na Síria e Iraque e pediu para atuar frente à “urgência” sem se esquecer de atacar as “causas”.
“Perguntemo-nos por que tantas guerras e tanta violência (...). Também não esqueçamos a hipocrisia destes poderosos da terra que falam de paz, mas que, debaixo da mesa, vendem armas”, finalizou.
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Francisco espera “decisões concretas” na cúpula sobre o clima de Paris - Instituto Humanitas Unisinos - IHU