Ex-embaixadores dos EUA no Vaticano apoiam Jeb Bush

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23 Setembro 2015

Com a chegada do Papa Francisco aos Estados Unidos, três ex-embaixadores dos EUA no Vaticano, todos republicanos que serviram sob o governo do presidente George W. Bush, apoiaram Jeb Bush na disputa em 2016 para a Casa Branca.

A reportagem é de John L. Allen Jr., publicada por Crux, 22-09-2015. A tradução é de Evlyn Louise Zilch.

Os três são:

  • James Nicholson, ex-presidente do Comitê Nacional Republicano durante as eleições de 2000, que passou a servir como secretário para Assuntos de Veteranos depois de seu lançamento em Roma;

  • Francis Rooney, empresário de Oklahoma e um grande doador republicano;

  • Professora de direito em Harvard, Mary Ann Glendin, que ocupou vários cargos do Vaticano e atualmente faz parte do conselho do banco do Vaticano.

Todos os três, juntamente com dois outros ex-embaixadores no Vaticano – o falecido Thomas Melady, que serviu sob o governo do primeiro presidente Bush, e o ex-prefeito de Boston, Raymond Flynn, um democrata que serviu sob o governo do presidente Bill Clinton – apoiaram a candidatura de Mitt Romney em 2012, tanto para a nomeação republicana quanto, eventualmente, para a presidência.

Um porta-voz de Bush disse que o ex-governador da Flórida está "honrado" pela aprovação, e que os ex-embaixadores irão "proporcionar liderança crítica em nosso esforço para ganhar o apoio dos eleitores católicos".

Rooney disse ao Crux, por e-mail, que ele está convencido de que o ex-governador da Flórida é o homem certo para o trabalho.

"Sou grato por apoiar o governador Jeb Bush para presidente, porque ele tem um histórico claro de liderança conservadora, baseada em firmes e resolutos princípios. Ele tem amplitude suficiente de entendimento dos desafios que enfrentamos como nação agora a ponto de ser capaz de conduzir de forma eficaz e proteger os nossos interesses nacionais em todo o mundo a partir do primeiro dia de trabalho", disse Rooney.

"Além disso, o governador tem uma fé profunda e duradoura e fortes valores familiares que o guiam", disse Rooney. "Como tal, exclusivamente ele entre os outros, tem o caráter e determinação para converter nosso país dos vários anos de gastos e estrangulamento regulamentar e fazê-lo retornar em direção a um governo que nutre a liberdade individual e econômica".

Bush, que se converteu ao catolicismo há 20 anos, é geralmente visto como um aliado da Igreja em questões como a eutanásia e o aborto. Ele também tivera interesse no Vaticano no passado, entre outras coisas, que levaram à delegação dos EUA para a missa inaugural do Papa Bento XVI em 2005.

Bush também se juntou a Nicholson, Rooney, e Glendon em 2013, em protesto a uma decisão da administração Obama de transferir a embaixada do Vaticano de um endereço próximo ao Circo Máximo de Roma para o composto que contém a principal embaixada dos Estados Unidos na Itália, vendo isto como um rebaixamento na posição de separação da embaixada do Vaticano.

Bush recentemente apareceu para romper com o Papa Francisco, após o pontífice lançar a carta encíclica, Laudato Si', que apela para ações eficientes a fim de combater o aquecimento global e o impacto das mudanças climáticas.

"Eu acho que a religião deveria ser sobre fazer-nos pessoas melhores, menos sobre as coisas [que] acabam entrando no campo político", disse Bush a Sean Hannity, da Fox News, em resposta a uma pergunta sobre a postura do papa em relação ao meio-ambiente.

A campanha de Bush ainda tem que pegar fogo com muitos eleitores republicanos, já que ele está atrás nas pesquisas, tanto em relação a Donald Trump quanto Carly Fiorina. A mais recente pesquisa da CNN/ORC o coloca em quinto lugar, com apenas 9 por cento de apoio.

Por outro lado, Bush está muito à frente em termos de angariar fundos e também conquistou mais apoiadores do que qualquer outro candidato republicano.

É altamente improvável que haja qualquer reação esta semana, tanto em relação ao Papa Francisco quanto à sua equipe no Vaticano, uma vez que eles firmemente resistiram a serem atraídos para a política local, especialmente quando o pontífice está viajando.

O momento, no entanto, é ilustrativo do fato de que os católicos americanos de todas as opiniões provavelmente estarão usando os holofotes proporcionados pela presença do papa durante a próxima semana para declarar seus respectivos casos.