Obama e Raúl Castro conversam na véspera da visita do Papa Francisco

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21 Setembro 2015


Barack Obama e Raúl Castro voltaram a conversar. Foi por telefone na sexta-feira, poucas horas antes da chegada em Havana do Papa Francisco, mediador entre os governos dos Estados Unidos e de Cuba para negociar a aproximação que os dois realizaram nos últimos nove meses.

A reportagem é de Silvia Ayuso, publicada por El País, 18-09

A conversa telefônica, cuja duração não foi revelada, manteve o foco na visita do Papa tanto a Cuba como, imediatamente depois, aos EUA. Os dois presidentes reconheceram a “contribuição” de Jorge Bergoglio e “no papel do Papa Francisco no avanço das relações entre os dois países”, na “nova etapa” que ambos estão empreendendo, segundo comunicados iguais da Casa Branca e de Havana.

Os dois Governos também indicaram que Obama e Castro discutiram detalhes do processo de normalização em curso desde dezembro. Ambos falaram sobre os “passos que EUA e Cuba podem dar, juntos e individualmente, para avançar a cooperação bilateral, mesmo que ainda continuarmos com diferenças sobre questões importantes, que serão discutidas de forma franca”, afirmou a Casa Branca.

A conversa por telefone, a terceira desde dezembro – Obama e Castro também se reuniram no Panamá em abril –, aconteceu horas depois que o Governo dos EUA anunciou uma nova série de medidas ordenadas por Obama que aliviam ainda mais as restrições impostas pelo embargo dos EUA às viagens e ao comércio com a ilha.

De acordo com Havana, sobre isso Castro “sublinhou a necessidade de aprofundar seu alcance e de eliminar definitivamente a política de bloqueio para o benefício dos dois povos.” Ainda assim, o presidente cubano “ratificou” a Obama “a vontade de Cuba de avançar nas relações com os Estados Unidos, com base no respeito e igualdade soberana”.

Obama e Castro vão se encontrar de novo no final de setembro em Nova York, onde ambos participam na Assembleia Geral da ONU. O presidente dos EUA falará na manhã de segunda-feira, 28, enquanto Castro, que participará pela primeira vez da ONU, vai falar no mesmo dia, mas à tarde. Nem Washington nem Havana quiseram confirmar se vai acontecer um novo encontro bilateral, apesar de que nenhum dos dois lados descarta algum tipo de “interação” entre os dois.