02 Setembro 2015
A inciativa do Papa Francisco anunciada ontem é comentada por algumas mulheres que lutam pela legalização do Aborto, em declarações publicada pelo portal do jornal O Globo, 01-0-9-2015.
Para a coordenadora da ONG Católicas pelo Direito de Decidir, Rosângela Talib, a medida é importante, mas ainda possui um caráter "muito restritivo".
"Chama atenção o fato de haver um prazo. O que acontece com as mulheres que abortaram antes de dezembro de 2015 e que irão abortar depois de novembro de 2016? - questiona. - O aborto continua sendo um pecado grave nos documentos papais que dão os nortes à instituição. Então, não vejo uma mudança na hierarquia da Igreja sobre isso em pouco tempo
Para ela, a Igreja precisa se abrir mais essa discussão:
- Nenhuma mulher aborta por prazer. Não é uma decisão fácil. Então, elas têm que ser acolhidas pela Igreja e ter suas decisões respeitadas.
Para a representante da Frente Nacional contra a Criminalização das Mulheres e pela Legalização do Aborto, Jolúzia Batista, é possível que a declaração do pontífice traga avanços:
- Isso pode significar a abertura de um diálogo com setores da comunidade católica que tentam impedir políticas públicas acerca do tema. E devemos lembrar, inclusive, que a comunidade cristã tem ocupado cargos importantes no Executivo e no Legislativo.
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Iniciativa do Papa abre possibilidade de abertura, afirmam mulheres - Instituto Humanitas Unisinos - IHU