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Querida bomba atômica

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03 Agosto 2015

"“Radioatividade” é a denominação que a Polícia Federal deu, agora, à investigação sobre a construção da usina nuclear Angra 3 pela Eletronuclear, e que abarca a empresa-mãe, a Eletrobras, numa rede corrupta talvez tão profunda quanto a da Petrobras. Até aqui, o mentor e principal implicado é o almirante Othon Pinheiro da Silva, conhecido no meio militar como “pai da bomba atômica brasileira” tentada nos anos da ditadura direitista ao peso de bilhões de dólares. Desde 2005 ele preside a Eletronuclear, da qual foi levado a licenciar-se meses atrás, em abril, quando o diretor da construtora Andrade Gutierrez revelou tê-lo subornado com R$ 4,5 milhões em obras da usina", escreve Flávio Tavares, jornalista e escritor, em artigo publicado pelo jornal Zero Hora, 02-08-2015.

Segundo ele, "engenheiro naval com especialização nuclear nos EUA, o almirante Othon não é apenas “o pai” da bomba atômica brasileira, felizmente natimorta. É o militar mais influente no governo desde a posse de Lula, de quem foi “conselheiro”.

Eis o artigo.

O amor e a guerra se opõem um à outra, mas têm um ponto comum: cada qual busca ir além do que foi. Ama-se sempre para amar mais que da primeira vez. Guerreia-se sempre para arrasar e matar mais do que na matança maior.

A insânia das bombas atômicas sobre Hiroxima e Nagasaki, que completa 70 anos agora, arrasou duas cidades e matou 350 mil civis em minutos, num crime que a ciência montou para exterminar além do próprio inimigo. A 9 de agosto de 1945, ao anunciar a bomba atômica como “antecipação do fim da guerra”, o presidente dos Estados Unidos, Harry Truman, foi cinicamente claro: “Sei do significado trágico disto e de nossa terrível responsabilidade. Mas agradeço a Deus por ter vindo a nós, em vez de ir aos nossos inimigos”.

No calor atômico de 3 mil graus, que secou rios e queimou o solo, o povo japonês conheceu a fúria com que, anos antes, seus militares arrasaram Nanquim, então capital da China, e mataram 350 mil homens e 300 mil mulheres dos oito aos 70 anos, todas estupradas antes. Sobraram 80 mil moças, levadas como escravas sexuais dos soldados japoneses.

O crime abominável do Japão foi superado pelo horror incontrolável da bomba nuclear. Depois de matar, a radioatividade continua a exterminar em silêncio, sem odor ou sangue.

“Radioatividade” é a denominação que a Polícia Federal deu, agora, à investigação sobre a construção da usina nuclear Angra 3 pela Eletronuclear, e que abarca a empresa-mãe, a Eletrobras, numa rede corrupta talvez tão profunda quanto a da Petrobras. Até aqui, o mentor e principal implicado é o almirante Othon Pinheiro da Silva, conhecido no meio militar como “pai da bomba atômica brasileira” tentada nos anos da ditadura direitista ao peso de bilhões de dólares. Desde 2005 ele preside a Eletronuclear, da qual foi levado a licenciar-se meses atrás, em abril, quando o diretor da construtora Andrade Gutierrez revelou tê-lo subornado com R$ 4,5 milhões em obras da usina.

A corrupção nas 13 estatais do setor elétrico é extensa. Os indícios mais graves do Ministério Público Federal chegam ao senador Edison Lobão (ministro de Minas e Energia com Lula e Dilma), numa rede em que o PMDB retinha 1% dos bilionários contratos, a começar pela usina Angra 3. Agora, a prisão do almirante Othon destapa segredos escondidos por sua reputação de engenheiro naval-nuclear, que chefiou o projeto secreto da frustrada bomba atômica da Marinha no complexo de Aramar, em Iperó, SP, anos 1970-80.

Além de ardis financeiros que utilizou no governo do general Figueiredo, surgem outras tramoias. A partir de 2009, por exemplo, já diretor da Eletronuclear, recebeu R$ 9,8 milhões usando a empresa de consultoria Aratec, de suas filhas Ana Cristina e Ana Luíza, da qual ele fora diretor. Nos últimos anos, a Aratec (em alusão à pesquisa atômica da Marinha) teve apenas um funcionário e seria “empresa de fachada”.

Engenheiro naval com especialização nuclear nos EUA, o almirante Othon não é apenas “o pai” da bomba atômica brasileira, felizmente natimorta. É o militar mais influente no governo desde a posse de Lula, de quem foi “conselheiro”.

O comentarista político de O Globo, Merval Pereira, o aponta como responsável pela nomeação do comandante da Marinha, Moura Neto, que ficou no posto de 2007 a 2014, nos governos Lula e Dilma, e de comandos setoriais. Foi do almirante Othon, ainda, a ideia de criar a poderosa sociedade da Marinha com a empresa francesa DCNS e a Odebrecht para a montagem do submarino nuclear comprado à França. Sairão gatos e ratos daí?

Como no amor ou na guerra, a Operação Radioatividade talvez ilumine, também, a cova escura da querida bomba atômica, que mata sem sangue e que a redemocratização sepultou...


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