20 Julho 2015
"A maior confiança ecumênica entre as nossas duas Igrejas nos permite pensar, em alguns âmbitos, em uma preparação compartilhada da comemoração dos 500 anos da Reforma em 2017." Foi o que escreveu o presidente da Comunidade Evangélica da Alemanha (EKD), pastor Heinrich Bedford-Strohm, ao presidente da Conferência Episcopal Alemã, o cardeal arcebispo de Munique e Freising, Reinhard Marx, em vista do acontecimento do dia 31 de outubro de 2017, quando terá passado meio século desde a fixação das 95 teses nos portões da Schlosskirche de Wittenberg por parte de Martinho Lutero.
A reportagem é do jornal L'Osservatore Romano, 16-07-2015. A tradução é de Moisés Sbardelotto.
Já existe um programa de grandes eventos ecumênicos já traçado pela EKD. Está prevista para a segunda metade de outubro de 2016 uma peregrinação ecumênica para a Terra Santa. Também se está trabalhando na organização de uma conferência conjunta sobre a Sagrada Escritura, que deve ocorrer no fim de 2016.
Para o dia 11 de março de 2017, em Berlim, está prevista uma celebração ecumênica de reconciliação. No dia 14 de setembro de 2017, a EKD, junto com representantes do episcopado católico e outros parceiros ecumênicos, convida para uma celebração por ocasião da festa da Exaltação da Santa Cruz. Para o fim de 2017 também está agendado um simpósio ecumênico que tem por objetivo a redação de uma declaração conjunta de católicos e protestantes sobre o futuro dos cristãos em uma sociedade cada vez mais secularizada.
Para o cardeal Marx, a convite da EKD é "a expressão de relações baseadas na confiança recíproca. É a demonstração de que a EKD quer celebrar o jubileu da Reforma não sem envolver os seus parceiros ecumênicos".
Através do diálogo ecumênico das últimas décadas, afirma o purpurado, foi se criando a consciência de que "a nossa fé em Jesus Cristo, a leitura das Sagradas Escrituras e o vínculo sacramental do batismo nos ligam profundamente".
Com a comemoração da Reforma, católicos e evangélicos alemães têm a responsabilidade comum "de não pôr em risco a proximidade alcançada; ao contrário, temos a responsabilidade de tornar visível a nossa unidade na fé e de lhe dar uma forma que permita que os cristãos se sintam fortalecidos, e que aqueles que estão longe das nossas igrejas no percebam como irmãos e irmãs na fé".
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Evangélicos e católicos da Alemanha em vista do aniversário da Reforma: uma responsabilidade comum - Instituto Humanitas Unisinos - IHU