12 Julho 2015
"Certamente que está aumentando o estupor ante este Papa que fala mais sobre a pobreza, sobre o meio ambiente e sobre a marginalização que sobre os casamentos entre pessoas do mesmo sexo, o aborto ou a fecundação artificial", escreve Mario Calabresi, diretor do jornal italiano La Stampa, 11-07-2015.
"A mim isto não me surpreende tanto - continua o editorial do jornal italiano - ainda que me maravilha a capacidade que tem este homem, que já não é jovem, de ser protagonista do nosso tempo".
E continua:
"Francisco arquivou completamente o século XX, e não se preocupa de que o acusem de comunista (já que o comunismo já não é notícia, pois foi arquivado na História); o que o preocupa é falar em nome dos que não têm voz: os pobres, os deserdados, os velhos e as crianças. Ele compreendeu que já não existem os partidos políticos ou os moviementos que se ocupam deles. E então, a gente se pergunta: quem deveria se encarregar deles senão os que devem anunciar o Evangelho?"
E conclui:
"Estamos voltando a um catolicismo mas origens, que se preocupa pela Criação franciscana e que, finalmente, não permite que a agenda da política, dos parlamentares ou dos jornais lhe ditem a linha".
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Papa Francisco arquivou o século XX como protagonista do nosso tempo - Instituto Humanitas Unisinos - IHU