Por: Jonas | 08 Julho 2015
Os cinco religiosos palotinos assassinados na madrugado do dia 4 de julho de 1976, pela ditadura civil-militar, na Paróquia San Patricio, do bairro portenho de Belgrano, são recordados hoje, quando se completam 39 anos do chamado “Massacre de San Patricio”.
Fonte: http://goo.gl/8pRfUI |
A reportagem é publicada por Los Andes, 04-07-2015. A tradução é do Cepat.
Os corpos crivados dos sacerdotes Alfredo Leaden, Pedro Dufau, Alfredo Kelly e dos seminaristas Salvador Barbeito e Emilio Barletti foram encontrados pelo jovem organista da paróquia, Fernando Savino, naquela manhã de domingo, quando decidiu entrar pela janela por ter encontrado a porta da igreja fechada.
Os cinco se encontravam de cabeça para baixo e alinhados, em uma enorme poça de sangue, sobre um tapete vermelho, e foram surpreendidos enquanto dormiam.
Os assassinos escreveram com giz, em uma porta: “Pelos camaradas dinamitados em Segurança Federal, Venceremos, Viva a Pátria”, e também sobre um tapete: “Estes esquerdas morreram por serem doutrinadores de mentes virgens e são M.S.T.M”, ao se referir ao Movimento de Sacerdotes pelo Terceiro Mundo.
Segundo os depoimentos judiciais, na noite do crime, pessoas do bairro viram um automóvel Peugeot preto estacionado em frente à paróquia, com quatro homens dentro, e também um patrulheiro que se aproximou deles e depois se distanciou.
O “Massacre de San Patricio” não conta com condenados e nunca foi esclarecido, ainda que alguns depoimentos apontem que os autores pertenciam a um grupo de tarefas da ESMA, o principal centro de detenção e torturas da ditadura civil-militar.
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Massacre de San Patricio: os crimes continuam impunes 39 anos depois - Instituto Humanitas Unisinos - IHU