Por: Jonas | 10 Junho 2015
No Santa Marta, na Zona Sul do Rio; na Vila Autódromo, próxima ao Parque Olímpico na Zona Oeste; e na Favela do Metrô na Zona Norte. Uma série de “remoções relâmpago”, ou seja, remoções forçadas com pouco ou nenhum aviso prévio e frágil aprovação da Justiça,ocorreram em favelas de toda a cidade na última semana, em um clima de confusão e tensão no que parece ser uma nova etapa na política de remoção.
A reportagem é publicada por Pulsar Brasil, 09-06-2015.
Apenas 14 meses antes dos Jogos Olímpicos de 2016, a tomada de terras que tem caracterizado o período pré-Olimpíadas parece ir em uma direção cada vez pior. De janeiro de 2009 a dezembro de 2013, mais de 20 mil famílias, ou 67 mil pessoas, foram removidas de suas casas. O número de vítimas continua a crescer.
A Vila Autódromo, por exemplo, se tornou conhecida por décadas de resistência exemplar, o que resultou em títulos de posse para a comunidade e serviu de inspiração para as outras.
No entanto, frente a cinco anos de intimidação e incertezas, com autoridades da Prefeitura determinadas a limpar a área devido à sua proximidade com os Jogos Olímpicos, e as moradias de luxo que vão se seguir a eles, cerca de 90 por cento dos 600 moradores já deixaram a comunidade, aceitando ofertas de compensação financeira ou moradia pública da Prefeitura. Um pequeno grupo, no entanto, continua resistindo às remoções.
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Remoções forçadas e sem aviso preocupam moradores de comunidades no Rio - Instituto Humanitas Unisinos - IHU