Professores do Brasil darão aula de preto nesta segunda-feira em apoio aos professores do Paraná

Mais Lidos

  • "A ideologia da vergonha e o clero do Brasil": uma conversa com William Castilho Pereira

    LER MAIS
  • O “non expedit” de Francisco: a prisão do “mito” e a vingança da história. Artigo de Thiago Gama

    LER MAIS
  • A luta por território, principal bandeira dos povos indígenas na COP30, é a estratégia mais eficaz para a mitigação da crise ambiental, afirma o entrevistado

    COP30. Dois projetos em disputa: o da floresta que sustenta ou do capital que devora. Entrevista especial com Milton Felipe Pinheiro

    LER MAIS

Revista ihu on-line

O veneno automático e infinito do ódio e suas atualizações no século XXI

Edição: 557

Leia mais

Um caleidoscópio chamado Rio Grande do Sul

Edição: 556

Leia mais

Entre códigos e consciência: desafios da IA

Edição: 555

Leia mais

Por: Cesar Sanson | 04 Mai 2015

Protesto organizado por meio das redes sociais, pretende mobilizar a sociedade em defesa dos professores do Paraná, que estão em greve e foram duramente reprimidos pela polícia militar na última quinta-feira (30). Texto distribuídos em redes no aplicativo WhatsApp epostagens no Facebook e Twitter convoca todos os professores do País a usarem roupa preta e a hashtag “#vadepreto” em repúdio à repressão ao movimento docente promovida pelo governador Beto Richa (PSDB), que deixou cerca de 200 manifestantes feridos.

A reportagem é publicada por Portal Metropole, 03-05-2015.

“Segunda-feira todos os/as profissionais da Educação irão trabalhar de roupa preta”, diz a convocação distribuída nas redes. “Com esse ato, iremos demonstrar toda a nossa solidariedade e apoio a todos os professores do Brasil”, encerra.
 
A greve dos professores em Curitiba completa uma semana nesta segunda (4). Segundo o presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Educação Pública (APP-Sindicato), Hermes Leão, a manifestação pelas redes fortalece a categoria que está fragilizada pela repressão sofrida. “Nesse momento, o apoio é importante para legitimar a nossa luta”, disse Leão. De acordo com Leão, amanhã haverá uma reunião e na terça-feira (5) está previsto ato para definir os rumos da greve.
 
Pelo Twitter a mobilização é grande em apoio não só aos professores do Paraná, mas também aos educadores paulistas que estão desde o dia 13 de março em greve. Os docentes reivindicam, principalmente, aumento salarial de 75,33%. Cerca de 4 milhões de estudantes estão sendo afetados pela paralisação.
 
Alguns professores estaduais que aderiram a greve acamparam na Praça da República, no centro de São Paulo para chamar a atenção para as reivindicações.
 
Internautas também reclamam pelas redes sociais que o professores estão sendo coagidos pela Polícia Militar durante as manifestações.
Durante um protesto em SP, a categoria foi impedida pela PM de se concentrar no vão livre do Masp, na Avenida Paulista. Pelas redes sociais, também há críticas contra o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), que declarou na última segunda-feira (27), que não há greve de professor no Estado.
 
“Na realidade não existe greve de professores. Na última sexta sexta-feira, houve 96% da presença em sala de aula. A média de falta é de 3% e o que aumentou (de falta) foi de temporário. Na realidade a greve é da Apeoesp e da CUT”, afirmou Alckmin.
 
Responsabilizar os movimentos sindicais e o PT tem sido a prática dos governos de oposição. Segundo avaliou, o presidente do (APP-Sindicato). “O governo de Beto Richa também diz que a greve dos professores é organizada pelo movimento petista. Ele recrimina nosso protesto, porque somos ligados a CUT. Mas a nossa luta é legítima”, declarou Hermes Leão.