10 Março 2015
A característica mais relevante do pontificado de Francisco é a linguagem. O segundo ano confirma que a eficácia de sua linguagem o torna um dos personagens mais relevantes e populares do planeta. Poder-se-ia dizer que fala “papal, papal”, sem se preocupar se às vezes suas palavras possam prestar-se a algum equívoco.
Diz coisas de altíssima teologia e de precisa correspondência pastoral com consistente e eloqüente capacidade semântica. Tornou-se habilíssimo na utilização da linguagem no sentido do significado, que funciona somente se todos o entendem. E estabeleceu em Santa Marta o lugar de eleição da empresa.
A opinião é de Alberto Bobbio, redator-chefe da revista semanal italiana Famiglia Cristiana, publicada por Il sismografo, 06-03-2015.
As homilias de Santa Marta se tornaram assim o coração estratégico do Pontificado, o centro pulsante do “magistério contínuo”, característica especial do Papa Francisco. Ele escuta o povo e escuta o Evangelho. E depois fala.
Mas, junto a Santa Marta, sobretudo nos últimos meses do segundo ano, assistimos a outra inovação: o Angelus do domingo. É uma pílula de catequese bíblica e teológica oferecida a um público vastíssimo, considerando também aquele coligado em TV e na rádio. Já não é mais apenas uma saudação, também se os votos de "bom almoço" existe sempre. É uma breve pregação útil e benéfica. Bergoglio agora não deixa escapar nenhuma ocasião.
O segundo ano de pontificado confirmou que para o Papa Francisco o que conta são as relações com os outros, intercaladas de gestos e palavras. Se nenhum temor: nem de abraçar, nem de falar.
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Papa Francisco, dois anos. “A eficácia de sua linguagem o torna um dos personagens mais relevantes e populares do planeta” - Instituto Humanitas Unisinos - IHU