Abastecimento de água necessita investimentos para os próximos anos no Vale do Sinos

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26 Novembro 2014

A equipe do Observatório de Realidades e das Políticas Públicas do Vale do Rio dos Sinos – ObservaSinos, programa do Instituto Humanitas Unisinos – IHU, acessou o sítio da Associação Nacional de Águas (ANA) em 20 de novembro e sistematizou as informações referentes ao abastecimento urbano de água nos municípios e região do Vale do Rio dos Sinos.

No Brasil, 84% dos municípios necessitam investimentos em água até 2025. Nordeste e Sudeste apresentam as taxas mais elevadas. Já 55% dos municípios poderão ter déficit no abastecimento de água, enquanto que 16% necessitam novos mananciais para o abastecimento. No Vale do Sinos, 80% dos municípios precisam de investimentos até 2025, sendo que destes nenhum município necessita um novo manancial até este ano.

Na tabela 01, a demanda urbana é dada por Litros por segundo. Assim, municípios com populações maiores tendem a ter maior consumo de litros de água por segundo. Os municípios de Parobé e Taquara  foram adicionados à análise por estarem na sub-bacia hidrográfica dos Sinos, apesar de não pertencerem ao Vale do Sinos segundo classificação do Conselho Regional de Desenvolvimento da Região Sul (COREDE). Já o município de Nova Hartz  não teve dados divulgados no site da ANA.  

Segundo a ANA, Araricá é o município da região com a necessidade do maior investimento por habitante na questão da água, alcançando o valor de R$ 1.233,55 por habitante até 2025, o que resulta num montante de 6 milhões. Ivoti e Portão também terão que realizar grandes investimentos, ambos com montantes de 8 milhões, porém, Ivoti apresenta um maior investimento por habitante por possuir menos contingente populacional.

No entanto, o município que deverá realizar o maior gasto no período será Novo Hamburgo, num montante de 28 milhões. O que para sua população representa 117 reais por habitante, sendo assim o sétimo município com o maior investimento na região. Um fato importante também é de que 3 municípios da região terão investimento zero até 2025 no investimento em água. São eles: Canoas, Esteio e Sapucaia do Sul, ambos pertencentes à sub-bacia hidrográfica dos Sinos.

Já em relação à demanda urbana, os municípios de Canoas, São Leopoldo e Novo Hamburgo apresentam os maiores índices de consumo. Canoas, por exemplo, tem um índice altíssimo para a região de 1209L/s. Enquanto isso, Araricá apresenta a menor demanda, sendo esta de apenas 12L/s. Ivoti, Nova Santa Rita, Dois Irmãos e Portão também apresentam índices abaixo de 100L/s para 2015.

Outra forma de se analisar o consumo de água para 2015 advém da relação entre demanda urbana por água e população urbana. Ao se analisar estes itens, percebe-se que São Leopoldo é o município com maior consumo de água por habitante. Uma das justificativas para isto pode ser a presença de um forte setor industrial na cidade.

Taquara, Canoas e Campo Bom também apresentam altos índices de consumo por habitante na região e também são considerados municípios com forte presença de setores industriais. No outro lado da moeda, Dois Irmãos é o município que apresenta o menor consumo por habitante na área urbana.