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As raízes do Papa. Das origens de Bergoglio ao seu desafio: pôr em crise a crise do Ocidente

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25 Novembro 2014

"O livro “Nel cuore di ogni padre” [No coração de cada padre], uma coletânea de textos escritos a partir de 1974 abrem uma perspectiva sobre a missão do Pontífice. Que, como jesuíta, se vê como “pecador ao qual o Senhor olhou”, escreve Antonio Spadaro, diretor da revista Civiltà Cattolica, em artigo publicado no  jornal Corriere della Sera, 23-11-2-14. A tradução é de Benno Dischinger.

Eis o artigo.

"Quem é Jorge Maria Bergoglio?" Perguntaram-se e perguntam-se muitos. A poliedricidade simples do Papa Francisco atrai não somente o povo, “o povo fiel de Deus”, como o chama ele, mas também analistas, intelectuais, ensaístas. No coração de cada padre é importante, e até fundamental, para responder a esta pergunta, porque contém um concentrado de reflexão e de meditação viva, revelador da raiz inaciana e jesuítica que anima o pensamento e a ação do Papa Francisco. O volume é uma coletânea de escritos, realizada pelo próprio Bergoglio, dividida em três partes: a primeira contém reflexões sobre a Companhia de Jesus, o seu modo de proceder, a sua formação. A segunda e a terceira referem meditações para os Exercícios espirituais.

A última parte se dirige especificamente aos superiores religiosos. O volume sai em 1982, quando Bergoglio tem quarenta e seis anos, e contém escritos anteriores àquela data, a partir de 1974. Trata-se de um período extremamente importante e delicado para ele. Aos 31 de julho de 1973, tinha sido nomeado Provincial dos jesuítas argentinos. E permaneceu no cargo, como é de praxe, por seis anos, isto é, até 1979.

O seu Provincialado, sabemo-lo, coincidiu com um momento complicado para a Argentina. O Papa jamais fez mistério disso. Na minha entrevista foi claro: “O meu governo como jesuíta no início tinha muitos defeitos. Aquele era um tempo difícil para a Companhia: tinha desaparecido uma inteira geração de jesuítas. Por isso encontrei-me como provincial ainda muito jovem. Tinha trinta e seis anos: uma loucura. Precisava enfrentar situações difíceis”. E concluiu: “Com o tempo aprendi muitas coisas. O Senhor permitiu esta pedagogia de governo também através dos meus defeitos e dos meus pecados”. Precisamente porque estes escritos fotografaram uma situação não simples, no final do seu Provincialado, contêm o núcleo do pensamento e da ação de Bergoglio. Trata-se de um núcleo quente e borbulhante, às vezes complexo, vivo a tal ponto que este volume me pareceu subitamente essencial, fundamental. Foi o próprio Papa Francisco a citá-lo, falando-me dele naquela minha entrevista. O único ao qual fez referência entre aqueles que havia publicado precedentemente.

Afortunadamente a biblioteca da “Civiltà Cattolica” o possuía e foi suficiente ler somente algumas páginas desta espécie de Suma inaciana de Bergoglio para dar-me conta de sua importância.

Na tarde de 19 de agosto de 2013 entrei pela primeira vez no escritório do Papa Francisco em Santa Marta. Tínhamos acertado aquele dia para a entrevista que depois apareceu em “La Civiltà Cattolica” e outras revistas dos jesuítas, e foi publicada por Rizzoli com o título A minha porta está sempre aberta. A impressão que me ficou daquele primeiro encontro é a de uma acolhida fluida e de um diálogo quer não admitia uma relação rígida entre o entrevistador e o entrevistado. Estava para fazer-lhe perguntas, também empenhativas, e obter respostas. Tinha um esquema a seguir, no entanto, desde o início não o consegui. A pergunta inicial, de fato, não estava escrita nos meus apontamentos. Perguntei-lhe: “Quem é Jorge Maria Bergoglio?“ Antes que ele abrisse a boca, na minha mente estavam presentes duas respostas: “Francisco é um jesuíta” e “Francisco é um Papa latino-americano”.

Ele, recordo, fixou-me em silêncio. Eu pensava ter dado um passo em falso. Depois me fez um rápido aceno para fazer-me entender que responderia e me disse lentamente: “Não sei qual possa ser a definição mais correta. E não é um modo de dizer, um gênero literário. Sou um pecador”. O Papa Francisco, continuando a refletir, entendido, disse: “Sim, posso talvez dizer que sou um pouco astuto, sei mover-me, mas é verdade que sou também um pouco ingênuo. Sim, mas a síntese melhor, aquela que me vem mais de dentro e que sinto mais verdadeira, é precisamente esta: “Sou um pecador para o qual o Senhor olhou”.”

Estas suas palavras têm a ver diretamente com este livro. Escutando-o, dei-me conta que o Papa me tinha dado uma dupla resposta: ele se percebe como um pecador salvo, mas, falando a mim, jesuíta precisamente como ele, quis definir-se à luz de sua espiritualidade e de sua escolha de vida como jesuíta.

Em 1974 o padre Bergoglio havia participado da XXXII Congregação Geral da Companhia de Jesus. O primeiro decreto emanado desta assembléia mundial de representantes da ordem inicia com a pergunta: “Que coisa quer dizer ser jesuíta?”. A resposta foi: “Quer dizer reconhecer-se pecador, mas chamado por Deus a ser companheiro de Jesus Cristo, como o foi Inácio”. Naquele dia, o Papa Francisco me falou de si à luz de um carisma que toca profundamente a sua identidade. Ler no coração de cada padre é fundamental para compreender a raiz profunda de sua espiritualidade jesuítica, porque são páginas impregnadas de linguagem típica e própria da Companhia de Jesus.

E a raiz latino-americana? Creio que isto seja logo adaptado para uma reflexão no mérito.

Muito se escreveu sobre a origem latino-americana do Pontífice. E isto é correto por que o seu Pontificado é um Pontificado que realmente vem “do fim do mundo” e vive de equilíbrios “geopolíticos” peculiares. Sua própria visão está ligada à experiência de pastor em Buenos Aires e às dinâmicas ricas e complexas vividas pelo episcopado latino-americano reunido em Aparecida em 2007. Todavia, seria um erro interpretar a ascensão ao Pontificado de Francisco somente como uma extrema simplificação das complexas e gigantescas estruturas problemáticas intelectuais romanas e européias em favor das condutas pastorais de “caridade” e “misericórdia” vivenciadas numa certa América Latina.

Esta posição é em si muito débil, sobretudo porque ignora que o debate cultural na Argentina, em particular, tem sido e é ainda profundamente enervado de temas que tem tido o seu início na Europa.  A cultura teológica daquele País, especialmente aquela compartilhada em âmbito jesuítico, vivenciou uma ponte privilegiada com a "Mitteleuropa". São muitos os professores que tem estudado na Alemanha. A cultura francesa e, obviamente, aquela italiana tem tido amplo espaço. A espanhola é expressa pela mesma língua. Os “problemas” ligados à sociedade e aos direitos da pessoa vêem Países como o Uruguai em larga antecipação (e aqui uso o termo com validade exclusivamente cronológica) com respeito à Europa. Ao invés, isso que o próprio Bergoglio define como “a originalidade da nossa situação” consiste não na ignorância das grandes questões que sacodem o “primeiro mundo” e os Países do ‘centro’, mas o constatar que estes foram vivenciados com uma hermenêutica diferente: “dessacralização, morte de Deus, diálogo com ideologias que aqui nos parecem alheias... e equivaleria mais ou menos a ver um avestruz acasalar-se com um faisão”.

Bergoglio postula uma verdadeira hermenêutica popular toda a desenvolver, uma maneira de ver a realidade e uma consciência histórica. Aqui está o núcleo do discurso: bem cônscio da “crise” do centro, isto é do Ocidente, e de suas raízes, Bergoglio com as suas palavras e os seus gestos está pondo em ato um processo espiritual e cultural que desestabiliza esta própria crise, liberando energias adormecidas. E tudo isto vivendo uma extrema simplicidade de estilo e de conteúdo. Mas, em Bergoglio a simplicidade jamais é ingenuidade. Um amigo seu me disse certa vez que Bergoglio é um “Papa Apple”, porque, como o computador da maçã, ante uma extrema complexidade interna de funcionamento, tem uma interface simplicíssima. O senso de terremoto, de sacudida, até mesmo de “confusão” que alguém talvez advirta, é o fruto desta ação cultural e espiritual (e também simbólica) de desencalhamento...


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