31 Outubro 2014
É apenas uma questão de tempo para que o arcebispo assassinado Oscar Romero seja canonizado. Com isso, faz-se importante uma visita guiada da cidade de San Salvador e conhecer um pouco mais sobre as atrocidades da guerra civil de El Salvador.
A reportagem é de Oakland Ross, publicada no sitio do jornal canadense The Star, 27-10-2014. A tradução é de Claudia Sbardelotto.
Ele era conhecido como a voz dos sem voz, mas ele também foi brutalmente silenciado em uma noite enquanto celebrava a missa em uma pequena capela perto de sua casa na República de El Salvador, na América Central.
Seu nome era monsenhor Oscar Arnulfo Romero, arcebispo da capital de El Salvador, e sua fama se espalhou por todo o globo nesses 34 anos desde a sua morte. Memoriais para Romero são muitos; Toronto tem inclusive uma escola secundária católica nomeada em sua honra.
Como um apóstolo da paz em um mundo de conflitos, Romero deixou um legado de compromisso pela justiça igualado a poucos na história recente. Além do mais, ele morreu por seus ideais.
"Se eles me matarem, eu vou renascer entre o meu povo", Romero declarou certa vez, palavras que provaram ser assustadoramente prescientes considerando as circunstâncias de sua morte.
Não há dúvida de que ele acabará sendo declarado santo pela Igreja Católica Romana. O processo estava parado durante o papado conservador de Bento XVI, mas já ganhou impulso agora que Francisco é papa.
Em agosto, Francisco abriu o caminho para a beatificação do salvadorenho, passo preliminar no processo para a santidade.
"Para mim, Romero é um homem de Deus", o argentino Papa Francisco disse aos jornalistas na época. "Não há problemas doutrinários, e é muito importante que a beatificação seja feita rapidamente".
Em El Salvador, o arcebispo assassinado já é considerado um santo, pelo menos por salvadorenhos de tendência política liberal, pessoas que reverenciam o homem como um mártir e um profeta. Mesmo agora, já o chamam de San Romero.
Os salvadorenhos de mentalidade conservadora têm uma opinião diferente, ou pelo menos eles tinham.
Em março de 1980, quando Romero foi assassinado, seus compatriotas de direita insultavam a Igreja Católica, ou um determinado setor dela, tratando-o como um bando de comunistas a serem banidos a qualquer custo, junto com a doutrina que promoviam, uma filosofia de engajamento social conhecida como Teologia da Libertação.
"Seja um patriota, mate um padre", pedia um folheto popular da época.
Não era uma piada.
Em El Salvador, naqueles anos, padres e freiras eram alvos de assassinato repetidamente na medida em que o país mergulhava em uma guerra civil cruel, colocando o exército direitista apoiado pelos Estados Unidos contra uma força guerrilheira conhecida como a FMLN. A guerra durou, mais ou menos, desde a época da morte de Romero até a assinatura de um acordo de paz em 1992.
Até lá, cerca de 75 mil pessoas foram mortas ou "desapareceram", e a paisagem do país havia sido arrasada por uma sucessão de crimes infames, quase todos eles como trabalho do exército, da polícia ou de uma bateria de esquadrões da morte de direita. Muitos dos horrores mais notórios foram cometidos na capital ou em seus arredores.
Na verdade, você pode organizar uma excursão por San Salvador com base nos temas de assassinato e caos - um itinerário de atrocidades.
Essas excursões podem se tornar comuns assim que Romero for elevado à santidade. Quase de imediato, este país - e esta cidade - vão se tornar faróis para os peregrinos de toda a América Latina e além.
Saudações de San Salvador - um jardim tropical do bem e do mal em um país que ainda luta para fazer a paz consigo mesmo.
Aqui está um guia comentado para uma cidade dos mortos:
1. Rosas em dezembro
O passeio começa quase que imediatamente na chegada ao aeroporto internacional de Comalapa na costa do Pacífico.
Afinal, a instalação tem agora o nome do arcebispo Romero, cujo assassinato ajudou a impulsionar o país para a guerra, mas há mais.
Meia hora de carro leva você até a capital, para muito perto do local de um outro horror do passado recente, embora sua localização exata não esteja identificada por qualquer marcador.
Os eventos arrepiantes que se desenrolaram no dia 2 de dezembro de 1980 - oito meses após a morte de Romero - foram descritos em pelo menos dois filmes: Salvador, dirigido por Oliver Stone e estrelado por James Woods, e Roses in December [Rosas em dezembro], um documentário de 1982.
Pouco depois das 19:00, quatro religiosas norte-americanas - duas freiras Maryknoll, Maura Clarke e Ita C. Ford; uma freira das Ursulinas, Dorothy Kazel; e uma missionária leiga, Jean Donovan - estavam dirigindo do aeroporto pela estrada que serpenteia um morro que leva até San Salvador. Duas das mulheres tinham acabado de chegar da Nicarágua, e as outras tinham ido buscá-las no aeroporto. Todas eles viviam em El Salvador, na época, trabalhando com os pobres.
Nesse período, essas atividades eram equivales a uma sentença de morte, e as quatro norte-americanas estavam sob vigilância, como se tornaria rapidamente aparente.
Elas não tinham andado muito quando foram paradas por um esquadrão de soldados da Guarda Nacional sob o comando de um policial, sargento Luis Antonio Colindres.
Agindo sob suas ordens, os soldados deram voz de prisão a elas - como eles relataram - e, em seguida, levaram-nas para um local isolado da rodovia. Lá, os soldados as espancaram e estupraram as quatro antes de atirarem nelas. Eles despejaram os corpos em uma vala, onde foram descobertos pelos transeuntes na manhã seguinte.
Um juiz de paz instruiu os residentes locais a enterrar os restos mortais nas proximidades.
O embaixador dos Estados Unidos na época, Robert White, soube da localização das sepulturas no dia 4 de dezembro. Ele convenceu as autoridades salvadorenhas a desenterrar os corpos e levá-los para San Salvador, onde, nas palavras de um texto seco de um relatório de uma comissão da verdade da ONU de 1993: "um grupo de médicos forenses se recusou a realizar as autópsias, alegando que eles não tinham máscaras cirúrgicas".
Apesar de ampla evidência de que os assassinatos haviam sido planejados com antecedência, com a conivência de funcionários mais seniores, as forças armadas salvadorenhas fizeram todo o possível para encobrir seu envolvimento, ignorando por vezes a intensa pressão de seu aliado e patrono, o governo dos Estados Unidos.
Não foi até maio de 1984, quase quatro anos depois, que vários soldados da Guarda Nacional foram considerados culpados dos assassinatos. Foram condenados a 30 anos de prisão.
2. Os tiroteios no Sheraton
Por volta das 22:00, na noite de 3 de janeiro de 1981, três homens entraram no Hotel Sheraton, em San Salvador, para compartilhar um jantar tardio.
Um deles era um oficial salvadorenho chamado José Rodolfo Viera, enquanto os outros dois eram norte-americanos - Michael Hammer e Mark David Pearlman.
Todos os três estavam envolvidos na implementação de um programa de reforma agrária destinado ao partilhamento de grandes extensões de terras de El Salvador em parcelas menores e distribuição aos campesinos sem-terra do país.
As poderosas oligarquias dos proprietários de terras do país ferozmente se opuseram ao programa e pelo menos alguns deles - que operavam em conluio com as forças de segurança de El Salvador - estavam determinados a impedir ou pelo menos limitar o seu impacto. Eles não eram exigentes com relação aos meios.
Viera, presidente da agência de El Salvador que estava supervisionando a reforma agrária, já havia sido alvo de assassinato, mas tinha sobrevivido. Hammer e Pearlman eram ambos assessores técnicos, contratados pelo Instituto Americano de Desenvolvimento do Trabalho Livre.
Aparentemente, por coincidência, um outro trio foi jantar no Sheraton naquela noite: um empresário chamado Hans Christ, bem como dois oficiais da Guarda Nacional de El Salvador - tenente Rodolfo Isidro Lopez Sibrian, que era o segundo em comando da inteligência, e o capitão Eduardo Alfonso Ávila.
"Olha!", disse Christ, quando viu Viera entrar na sala de jantar. "Lá está aquele filho da puta!". Não demorou muito tempo para que Christ e seus companheiros organizassem uma atrocidade.
Primeiro, eles confabularam no estacionamento do hotel, arrumando uma dupla de agentes da Guarda Nacional - José Dimas Valle Acevedo e Santiago Gomez Gonzalez - para realizar os assassinatos.
Christ levou os dois assassinos designados de volta para o hotel e apontou os três alvos, que estavam sentados em uma área privada - a sala das Américas - porque a principal sala de jantar estava cheia.
Momentos depois, Gomez Gonzalez e Valle Acevedo apontaram suas armas e dispararam, matando Viera e os dois norte-americanos.
Na trilha do assassinato triplo, os funcionários salvadorenhos não demonstraram zelo pelo Ministério Público mais do que tinham no caso das quatro religiosas assassinadas. Pelo menos um dos salvadorenhos envolvidos na operação Sheraton - o oficial de inteligência Lopez Sibrian - foi autorizado a disfarçar-se fisicamente, a fim de evitar processos.
Cinco anos depois, em fevereiro de 1986, os dois pistoleiros foram finalmente considerados culpados e condenados a 30 anos de prisão. (Eles ficaram presos menos de dois anos e depois foram liberados devido a uma lei de anistia de dezembro de 1987.)
Nenhum dos outros homens envolvidos foi condenado.
Preste atenção que o hotel anteriormente conhecido como Sheraton San Salvador, em 1981, na Calle El Mirador, no bairro Escalon, é agora conhecido como Crowne Plaza.
3. San Romero das Américas
A capela do Hospital da Divina Providência, no centro-leste de San Salvador, é um oásis de tranquilidade em uma cidade populosa e movimentada - ou assim ela parece agora.
Não foi sempre assim.
Foi ali que Romero foi assassinado, às 6:45 da noite de 24 de março de 1980.
Romero foi arcebispo por três anos, numa época não muito favorável para El Salvador, já que as tensões estavam constantemente sendo montadas entre as forças da direita e as da esquerda.
No momento da sua nomeação, em fevereiro de 1977, Romero foi amplamente percebido como um membro conservador da elite social do país. Pelo menos inicialmente, os padres de mente mais progressista ficaram horrorizados com a sua seleção.
Eles estavam errados, pois Romero logo se identificou com as fileiras apinhadas dos pobres de El Salvador. Esta conversão - se houve alguma - provavelmente aconteceu devido a uma variedade de motivos, incluindo o assassinato do padre jesuíta Rutilio Grande em 1977.
Um defensor da teologia da libertação, Grande foi morto a tiros junto com dois paroquianos na tarde de 12 de março daquele ano.
Às vésperas de sua morte, o novo arcebispo parecia ter mudado seu tom de voz, falando com uma veemência crescente em nome dos camponeses marginalizados de El Salvador e dos trabalhadores pobres, desafiando o governo apoiado pelos militares, com cada vez maior provocação.
Era o tipo de coisa que poderia deixá-lo morto.
No início da noite de 24 de março de 1980, um sedan de quatro portas vermelho parou em frente da capela arejada, uma estrutura modernista. O arcebispo estava celebrando uma missa vespertina de segunda-feira, um de seus costumes semanais. Na época, ele vivia em um bangalô modesto do outro lado da rua.
Os ocupantes do Volkswagen incluíam o motorista, Antonio Amado Garay, e um "atirador de barba", que nunca foi claramente identificado. Ambos eram membros de um esquadrão da morte que operava sob o comando de Roberto D'Aubuisson, idealizador de grande parte da violência da extrema-direita no momento.
Sem sair do carro, o atirador apontou um rifle calibre 22 para o arcebispo, que estava perto do altar. Ele disparou um único tiro, acertando Romero no peito. O prelado morreu em poucos minutos devido à perda de sangue.
Agora, 34 anos mais tarde, uma missa da tarde é celebrada na capela durante a semana às 17h. Um pequeno bar fica do outro lado da rua, ao lado de uma loja de souvenirs que vende quase exclusivamente memorabilia de Romero.
A casa do arcebispo foi convertida em um museu.
O Toyota Corolla bege do prelado está estacionado em uma garagem ao ar livre ao lado da casa. Uma árvore de abacate toma grande parte do pequeno jardim, cercado por um muro de tijolo vermelho.
No interior, as vestes sacerdotais de Romero estão penduradas no armário, não muito longe da cama de solteiro onde ele dormia. Uma cadeira de balanço de tubos de metal fica nas proximidades. Há uma máquina de escrever antiga em uma pequena mesa, um rádio velho em uma prateleira ao lado da cama.
É difícil imaginar um lugar mais calmo.
4. El Playon
Um campo aberto de lava preta localizado a meia hora de carro ao norte de San Salvador, El Playon deve sua existência a uma erupção do vulcão de San Salvador, também conhecido como El Pichaco. O vulcão está adormecido desde 1917, mas o campo de lava não.
Durante os anos de 1980, o local tornou-se, talvez, o mais infame dos lugares do país, um campo de "desova" - local onde os esquadrões da morte abandonavam suas vítimas. Joan Didion, escritor norte-americano, dedicou várias páginas ao El Playon em seu livro de 1983 sobre o país, intitulado Salvador, e ele reaparece de forma grotesca no filme de Oliver Stone com o mesmo nome.
O campo de lava se espalha para a direita na sombra nordeste do enorme vulcão verde que se eleva acima de San Salvador. Hoje em dia, há um mirante na estrada onde os turistas param para tirar fotos.
Uma placa explicativa mostra que El Salvador está localizada na junção de duas placas tectônicas. O vulcão, que se eleva a uma altura de 1.960 metros acima do nível do mar, é um dos resultados dessa tensão subterrânea.
A placa não faz qualquer menção a guerra civil do país, e muito menos aos grupos de extermínio ou aos corpos despejados ali.
5. A Catedral Metropolitana
A catedral da arquidiocese de San Salvador teve um papel importante e praticamente constante durante os anos de guerra civil em El Salvador e ainda hoje.
Dezenas de milhares de fiéis compareceram ao funeral de Romero, lotando o templo e a praça adjacente. Uma bomba explodiu do lado de fora da igreja e um tumulto se seguiu, agravado por um tiroteio que deixou entre 27 e 40 pessoas mortas, com mais de 200 feridos.
O corpo de Romero foi mais tarde enterrado em uma cripta na vasta adega da catedral, onde permanece até hoje.
Embora dividida entre a direita e a esquerda, a Igreja Católica em El Salvador permaneceu profundamente imersa na política da guerra civil, com um escritório de direitos humanos - a agora desfeita Tutela Legal - que acompanhou e denunciou as violações cometidas principalmente pelas forças de segurança da direita.
O arcebispo subsequente, Arturo Rivera y Damas, não foi tão direto quanto o seu antecessor, mas ele também denunciava regularmente as atrocidades e os excessos do conflito em El Salvador. Suas homilias durante a missa dominical na catedral serviam como uma espécie de barômetro do mal, durante os 12 longos anos de guerra.
Dois anos atrás, a catedral tornou-se novamente uma fonte de controvérsia quando o arcebispo José Luis Escobar ordenou de forma unilateral a destruição de uma obra de arte feita por Fernando Llort, o maior artista vivo do país. Em 1997, Llort desenhou um enorme mural de azulejos, retratando a cultura tradicional de El Salvador. Ele foi montado na fachada do templo, enquadrando sua entrada.
Considerado um ato de vandalismo por alguns, a decisão de destruir a obra despertou indignação em muitos lugares, tanto dentro de El Salvador quanto no exterior.
6. O Jardim do bem e do mal
Em novembro de 1989, a guerra civil em El Salvador estava finalmente terminando, após uma década de matança e destruição, mas o conflito não tinha perdido sua capacidade de horror.
Nesse ano, a cidade testemunhou os assassinatos na UCA (pronuncia-se "uca").
Essa é a sigla da Universidade Centro-Americana, uma instituição jesuíta, que ocupa um canto tranquilo e arborizado na zona sul da capital.
O reitor da universidade, em 1989, era um padre espanhol, de 59 anos de idade, chamado Ignacio Ellacuría. Ele foi assassinado naquela noite, junto com outros cinco sacerdotes, sem mencionar sua empregada e a filha dela de 15 anos.
Parece que o sentimento letal que estava por trás do famoso slogan salvadorenho - "Seja um patriota, mate um padre" - manteve-se não menos potente em 1989 do que havia sido durante a eclosão da guerra cerca de 10 anos antes.
Os assassinos naquela noite foram oficiais e soldados do exército salvadorenho, especificamente de um pelotão do Batalhão Atlacatl, uma força de elite treinada pelos EUA, que supostamente era bem versada no moderno pensamento de contra-insurgência, incluindo o respeito à vida civil. Grande parte do tempo, no entanto, eles se comportavam como uma gangue de bandidos assassinos.
Ellacuría foi alvo porque ele era um dos principais defensores da Teologia da Libertação e porque ele zelosamente tinha promovido um fim negociado para a longa guerra civil, fatores que o fizeram parecer um traidor aos olhos da extrema-direita.
Os outros foram mortos principalmente para garantir que não haveria testemunhas.
A operação foi realizada nas primeiras horas do dia 16 de novembro.
Primeiramente, os soldados tentaram forçar a entrada ao Centro de Pastoral (agora conhecido como Centro Dom Oscar Romero), onde os sacerdotes viviam. Eles não precisavam ter se incomodado. Os sacerdotes abriram as portas e convidaram os soldados para entrar.
Depois de realizar uma busca no prédio, os soldados ordenaram aos cinco dos sacerdotes para se reunirem no jardim, um espaço verde exuberante cheio de arbustos, cactus e árvores frutíferas. Os sacerdotes foram obrigados a se deitar na grama, onde foram devidamente executados. Um sexto sacerdote, bem como a empregada e a filha dela, foram descobertos em um esconderijo e mortos.
A operação foi realizada sob o comando do tenente José Ricardo Espinoza Guerra, que deu as ordens para matar Ellacuría e os outros.
Com a sua missão cumprida, os soldados se retiraram. Uma vez fora, eles jogaram uma barragem de foguetes e granadas no prédio. Para fazer o ataque parecer que tinha sido obra dos guerrilheiros de esquerda conhecida como a FMLN, eles deixaram para trás uma tira de papelão rabiscada com uma mensagem falsa: "A FMLN executou aqueles que os denunciaram. Vitória ou morte. FMLN".
Uma nota final: os ex-guerrilheiros da FMLN formam, hoje, o governo democraticamente eleito de El Salvador.
A marcha dos santos
29 santos canonizados no século XVIII;
80 santos canonizados entre 1800 e 1903;
168 santos canonizados entre 1903 e 1978, ano em que João Paulo II assumiu o papado;
482 santos canonizados por João Paulo II, 402 deles são mártires;
45 santos canonizados por Bento XVI durante seu pontificado de 8 anos;
Total = 804 santos canonizados entre 1700 e a eleição do Papa Francisco em 2013;
817 santos canonizados em 2013 pelo Papa Francisco, 813 são mártires.
Fonte: The Catholic World Report
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Em meio a atrocidades e martírio, El Salvador produz um santo - Instituto Humanitas Unisinos - IHU