Manifestações pelo clima se espalham pelo mundo

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22 Setembro 2014

Foto: Pilar Olivares, Reuters/Contrasto

Manifestações exigindo providências urgentes contra as mudanças climáticas acontecem hoje em todo o mundo - há relatos de protestos em mais de 2 mil lugares.

Chamadas de People's Climate March (Caminhada pelo Clima, no Brasil) pedem a diminuição de emissões de carbono antes do início da conferência do clima da ONU, que acontece em Nova York na próxima semana.

A reportagem é publicada por BBC Brasil, 21-09-2014.

Em Manhattan, dezenas de milhares de pessoas estão em uma manifestação que tem a presença do próprio secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, e do astro de cinema Leonardo DiCaprio, que foi nomeado representante de mudança climática da ONU na semana passada.

"Este é o planeta onde as próximas gerações vão viver. Não existe plano B, porque não temos o 'Planeta B'", disse Ban Ki-moon a jornalistas.

O secretário-geral está acompanhado pela primatologista Jane Goodall e pela ministra francesa da Ecologia, Segolene Royal.

Os organizadores do evento de Manhattan dizem ter atraído 550 ônibus lotados de ativistas - o que dizem ser o maior protesto sobre o tema nos últimos cinco anos.

Eles afirmam que a mobilização pretende transformar a mudança climática "de preocupação ambiental a assunto de todos".

Executivos, ambientalistas e celebridades também participam de manifestações em 161 países - entre eles Reino Unido, Afeganistão e Brasil.

'Partida de pôquer'

Na Austrália, organizadores dizem que cerca de 20 mil pessoas compareceram às ruas em Melbourne para pedir ao primeiro-ministro Tony Abbott para fazer mais a respeito das mudanças climáticas.

O correspondente da BBC em Sydney, Phil Mercer, diz que os manifestantes temem que o país enfrente mais períodos severos de seca, incêndios florestais e tempestades caso as emissões de gases estufa não sejam reduzidas.

No Brasil, cerca de quatro mil pessoas participaram da Caminhada pelo Clima, sob a chuva, no Rio de Janeiro.

Na sexta-feira à noite, os organizadores iluminaram o a estátua do Cristo redentor de verde e projetaram mensagens convidando à participação na manifestação.

Na próxima terça-feira, a ONU realizará uma conferência sobre o clima em sua sede, em Nova York, com a presença de 125 chefes de Estado e de governo - a primeira reunião do tipo desde a conferência de Copenhagen, em 2009, considerada um fracasso.

Ban Ki-moon diz esperar que os líderes mundiais consigam, desta vez, avançar em um acordo universal a ser assinado por todos os países no fim de 2015.

Ele disse que iria "dar os braços àqueles protestando por ações contra a mudança climática" para mostrar que a ONU está "com eles do lado certo deste assunto chave para nosso futuro comum".

O analista de meio ambiente da BBC, Roger Harrabin, diz que, apesar da mobilização, ainda pode ser difícil conseguir um acordo entre os países sobre o clima.

"Os protestos trouxeram mais pessoas do que nunca às ruas, graças ao poder do site de campanhas virtuais Avaaz. E Ban Ki-moon espera conseguir algo novo em meio ao 'culpe seu vizinho' comum nas conferências climáticas", disse Harrabin.

"Desta vez, ele convidou os líderes mundiais a fazerem sugestões públicas de ações para lidar com o problema. Certamente alguns países menores farão novas contribuições, mas os grandes jogadores continuarão a partida de pôquer, segurando as cartas até avaliarem o que está na mesa."