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09 Setembro 2014

"A crença (científica) de que o universo teria tido um começo explosivo há uns poucos bilhões de anos foi propagada por parte da comunidade científica a praticamente toda a mídia nacional e internacional como se constituísse uma verdade científica, a partir de alguns poucos fatos teóricos e observacionais que ocorreram nos primeiros anos da década de 1960. No entanto, hoje, a comunidade internacional dos cosmólogos está dividida", escreve Mário Novello, cosmólogo, em artigo publicado pelo jornal O Estado de S. Paulo, 07-09-2014.

Segundo ele, "votar ou não em Marina Silva não tem nada a ver com o tempo de existência do universo – cujo verdadeiro valor, é bom que seja dito bem claramente, nem os físicos, nem nós, os cosmólogos, sabemos".

Eis o artigo. 

Tenho ouvido pessoas ligadas às áreas científicas argumentando que não votariam em um candidato que acredita que o universo teria sido criado em sete dias há apenas 4 mil anos, tendo como alvo a postulante à Presidência da República pelo PSB.

Não pretendo aqui defender a candidatura de Marina Silva. Mas devo confessar que me sinto extremamente desconfortável quando argumentos de natureza científica são colocados como definitivos e superiores em uma causa política. Todo cidadão tem o direito de expressar seu apoio ou não a essa ou aquela candidatura. No entanto, apresentar argumentos pretensamente científicos para sustentar um apoio político é, pelo menos, inadequado – para dizer o mínimo.

Ortega y Gasset, em sua belíssima obra La Barbarie del Especialismo, termina a crítica a certo tipo de cientista da era moderna argumentando que ao longo do século 20 criou-se uma casta de homens sobremodo estranhos. “O investigador que descobriu um fato novo da natureza tem por força que sentir uma impressão de domínio e de segurança em sua pessoa. Com certa justiça se considerará ‘um homem que sabe’. E, com efeito, nele se dá um pedaço de algo que, com outros pedaços não existentes nele, constituem verdadeiramente o saber. O especialista ‘sabe’ muito bem seu mínimo rincão de universo; mas é radicalmente ignorante de todo o resto. E, no entanto, se comporta em todas as outras áreas como se ‘soubesse’. Em política, em arte, nos usos sociais, nas outras ciências, tomará posições de primitivo – e ignorantíssimo; mas as tomará com energia e autossuficiência.”

Ortega y Gasset ensina que devemos distinguir uma certeza científica daquilo que não passa de uma opinião, principalmente quando enunciada por um cientista.

Ademais, entrando no mérito das origens do universo, entendo a dificuldade que físicos e cosmólogos têm em lidar com questões cósmicas. Em sua grande maioria, os físicos parecem estar mais próximos (nas questões cósmicas) de Ptolomeu que de Copérnico. Enquanto se pensava que a Terra era o centro do universo, vivia-se uma ilusão de grandiosidade do homem. Copérnico produziu um primeiro e eficaz golpe no orgulho da espécie humana ao comentar que talvez não ocupássemos lugar central no universo.

Os físicos extrapolam suas leis descobertas em laboratórios terrestres e em nossa vizinhança argumentando a partir do princípio da unidade das leis da natureza, que deveriam ser válidas em todo o universo. Essa hipótese constitui parte de um método de trabalho aceitável e coerente.

No entanto, não é isso que os cosmólogos estão revelando. Alterações das leis físicas, ingenuamente extrapoladas para todo o universo, têm sido uma sistemática de análise dos últimos anos.

E tudo leva a crer que as crenças individuais sobre as origens do universo não serão eliminadas da sociedade, pois os cosmólogos, ao explicitarem sua autocrítica, reconhecem que dificilmente conseguirão apresentar argumentos conclusivos capazes de assegurar o direito de possuir a correta descrição das origens do universo.

A crença (científica) de que o universo teria tido um começo explosivo há uns poucos bilhões de anos foi propagada por parte da comunidade científica a praticamente toda a mídia nacional e internacional como se constituísse uma verdade cientifica, a partir de alguns poucos fatos teóricos e observacionais que ocorreram nos primeiros anos da década de 1960.

No entanto, hoje, a comunidade internacional dos cosmólogos está dividida. Por um lado, há ainda uma maioria que, desanimada, acredita que não é possível ir além do misterioso fenômeno explosivo, o big-bang, que teria dado origem à expansão do espaço-tempo; por outro, cientistas que apresentam argumentos igualmente consistentes, mas ainda não definitivos, de que o universo poderia ter tido uma fase anterior colapsante, atingido um valor mínimo para o volume total do espaço e a partir daí iniciado a atual fase de expansão de seu volume.

Em novembro de 2010 o Instituto de Cosmologia, Relatividade e Astrofísica (Icra/CBPF) hospedou uma conferência internacional intitulada Bouncing Models em que esses modelos cosmológicos que pretendem dar ao universo um tempo de existência muito maior que os poucos bilhões de anos proposto pelo cenário big-bang mostrou que ainda engatinhamos no que se refere às grandes e fundamentais questões que a cosmologia colocou. Ou seja, qualquer pessoa pode argumentar sobre o tempo de existência desse nosso universo, seja ela cientista ou não. Trata-se de uma opinião.

Ademais, só por curiosidade, vale a pena notar que a distância que separa o modelo big-bang, que fixa o começo da existência de nosso universo em 11 bilhões de anos e, digamos, a data histórica de 4 mil anos é bastante inferior àquela que separa o modelo científico do big-bang e o modelo científico do universo eterno com bouncing, como nos cenários cosmológicos descritos naquela conferência internacional.

Trata-se de comparar um número finito com uma configuração infinita, que é o tempo de duração do universo nesses modelos cosmológicos com bouncing.

Ou seja, votar ou não em Marina Silva não tem nada a ver com o tempo de existência do universo – cujo verdadeiro valor, é bom que seja dito bem claramente, nem os físicos, nem nós, os cosmólogos, sabemos.


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