Neste sábado de manhã, na nunciatura, durante uma cerimônia estritamente privada, o Papa Francisco batizará um homem. Ele é o pai de uma das jovens vítimas da balsa Sewol, que naufragou no dia 16 de abril.

A reportagem é da agência Servizio Informazione Religiosa (SIR), 15-08-2014. A tradução é de Moisés Sbardelotto.

O padre Federico Lombardi, diretor da Sala de Imprensa do Vaticano, contou como foi tomada a decisão por parte do papa de aceitar o batismo. Na manhã dessa sexta-feira, antes de entrar no estádio de Daejeon para a missa, o papa, na sacristia, antes de vestir os paramentos, encontrou-se com uma pequena delegação de 10 pessoas, incluindo parentes e sobreviventes do naufrágio.

"Foi – disse Lombardi – um momento de profunda comoção." No fim, um homem se aproximou e pediu ao papa se ele poderia batizá-lo. O papa "ficou surpreso, refletiu e pediu um parecer ao bispo Lazzaro, da diocese de Daejeon. O homem – especificou o diretor da Sala de Imprensa – estava se preparando para o batismo há dois anos. No fim, o papa disse que sim."

O padre Lombardi observou que é incomum que o papa celebre um batismo justamente em uma terra onde, todos os anos, celebram-se ao menos 100 mil. Com esse sacramento, o Papa Francisco entrará vivamente no serviço pastoral que a Igreja coreana realiza nesse país.