11 Agosto 2014
A Ordem Hospitaleira de São João de Deus informou na manhã desse sábado sobre o falecimento, na madrugada do sábado, da irmã Chantal Pascaline por causa de ebola no Hospital San José de Monróvia, na Libéria.
A reportagem é de Jesús Bastante, 09-08-2014. A tradução é de Moisés Sbardelotto.
Ela estava recebendo os cuidados de um enfermeiro voluntário, que é a pessoa que também está respondendo o irmão Georges Combey, que se encontra em estado muito preocupante de saúde.
A OHSJD está preparando uma equipe de profissionais de saúde para enviar o mais rápido possível, além de lançar a campanha "Paremos o ebola na África Ocidental".
"Estamos esperando a morte", disse há dois dias a Ir. Catherine, uma das religiosas que, junto com as irmãs Chantal (falecida na madrugada deste sábado) e Paciencia, religiosas das Missionárias da Imaculada Conceição, permanecem isoladas em Monróvia.
A Ir. Catherine, que continua com soro depois de passar duas noites com febre, vômitos e diarreia, quis lembrar que, na madrugada da quinta-feira, levaram o padre Miguel Pajares e a Ir. Juliana em um avião em que só havia "dois assentos para os espanhóis".
Os religiosos exigem ser transferidos para a Espanha assim como os seus irmãos: "Estamos há quatro ou cinco dias pedindo, pedindo e pedindo, mas não houve jeito", disse. A Ir. Catherine contou que tinha esperanças de ir embora no avião espanhol e que estavam preparadas para partir, mas que, quando lhes disseram que não, "ficamos tristes e desconcertadas".
Depois da partida dos dois espanhóis, restam no hospital da Ordem de São João de Deus de Monróvia a Ir. Catherine, George Combey (de Gana), as Missionárias da Imaculada Conceição Chantal Mutwameme e Paciencia Melgar, ambas contagiadas, e o casal formado pelo administrador, Eugene Osei-Wusu, e a sua esposa, Gloria, ambos de nacionalidade ganense.
Conforme explicado pela religiosa, aqueles que ainda permanecem isolados no convento ao lado do hospital – ela, a Ir. Paciencia e um irmão de São João de Deus – estão "mal". Pelo menos contam com a ajuda de dois amigos trabalhadores, que "estão se arriscando" para cuidar deles.
Em qualquer caso, cada vez mais eles têm menos esperança. "Se não há remédio para isso – assinala Catherine –, como vamos nos recuperar? Estamos esperando a morte. Os sintomas enfraquecem muito."
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Morre a irmã Chantal Pascaline, vítima de ebola - Instituto Humanitas Unisinos - IHU