Bolívia inverte relógio, que passa a girar à esquerda para representar “mudança política”

Mais Lidos

  • Esquizofrenia criativa: o clericalismo perigoso. Artigo de Marcos Aurélio Trindade

    LER MAIS
  • O primeiro turno das eleições presidenciais resolveu a disputa interna da direita em favor de José Antonio Kast, que, com o apoio das facções radical e moderada (Johannes Kaiser e Evelyn Matthei), inicia com vantagem a corrida para La Moneda, onde enfrentará a candidata de esquerda, Jeannete Jara.

    Significados da curva à direita chilena. Entrevista com Tomás Leighton

    LER MAIS
  • Alessandra Korap (1985), mais conhecida como Alessandra Munduruku, a mais influente ativista indígena do Brasil, reclama da falta de disposição do presidente brasileiro Lula da Silva em ouvir.

    “O avanço do capitalismo está nos matando”. Entrevista com Alessandra Munduruku, liderança indígena por trás dos protestos na COP30

    LER MAIS

Revista ihu on-line

O veneno automático e infinito do ódio e suas atualizações no século XXI

Edição: 557

Leia mais

Um caleidoscópio chamado Rio Grande do Sul

Edição: 556

Leia mais

Entre códigos e consciência: desafios da IA

Edição: 555

Leia mais

Por: Jonas | 26 Junho 2014

O governo boliviano inverteu o sentido do relógio que fica na fachada do Legislativo, fazendo com que ele gire no sentido “anti-horário”, à esquerda, para contar as horas. O objetivo da medida é representar as mudanças vivenciadas pelo país nos últimos oito anos, durante a gestão do presidente Evo Morales, quando houve uma revalorização da cultura andina.

 
Fonte: http://goo.gl/fw1eID  

A reportagem é publicada por Opera Mundi, 25-06-2014.

O ministro das Relações Exteriores, David Choquehuanca, e o presidente do Senado, Eugenio Rojas, que como Evo são indígenas aimaras, falaram nesta terça-feira (24/06) sobre a iniciativa, batizada de "relógios do Sul".

O objetivo, segundo eles, é conscientizar a população de que a Bolívia é uma nação do sul, por isso a forma de registrar o tempo nos relógios deve ser diferente, como acontece com o solstício e o equinócio.

A mudança foi realizada na meia-noite de sexta-feira (20/06), quando começou o inverno no hemisfério sul, e surpreendeu quem passava pela Praça Murillo, a principal de La Paz, onde estão os palácios do Congresso e da presidência.

"Não temos que complicar, simplesmente nos conscientizar que vivemos no sul. Não estamos no norte", disse Choquehuanca que garantiu que a iniciativa, longe de pretender "causar algo a alguém", tem como objetivo revalorizar a cultura nacional.

"Quem disse que o relógio tem que girar desse lado sempre? Por que sempre temos que obedecer, por que não podemos ser criativos?", questionou o ministro boliviano.

Regalo boliviano

Choquehuanca revelou que na recente celebração da Cúpula dos países do G77 e a China, na Bolívia, as delegações receberam um relógio de mesa invertido em forma de mapa boliviano e que inclui o território litorâneo que o país perdeu na guerra contra o Chile de 1879.

O chanceler boliviano admitiu que a ideia não é absolutamente original porque ele ganhou um relógio de pulso com essas características em Londres, mas ressaltou que essa foi uma criação vinculada à identidade do sul.