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‘Setenta’ traz depoimentos de antigos revolucionários avaliando a luta contra a ditadura

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02 Junho 2014

Setenta - numeral que dá título ao documentário de Emilia Silveira, refere-se à quantidade de presos políticos trocados pelo embaixador suíço Giovanni Enrico Bucher em 1971, numa das mais espetaculares ações armadas contra a ditadura brasileira.

O comentário é de Luiz Zanin Oricchio, jornalista, publicado pelo jornal O Estado de S. Paulo, 29-05-2014.
 
Como se sabe, essa prática do sequestro de diplomatas foi adotada por grupos de esquerda, que nela viam a alternativa possível para livrar da prisão, da tortura e da morte presumível companheiros presos durante a época mais dura do regime militar.

Esse tipo de ação já deu lugar a várias obras - da ficção literária de Antonio Callado, Reflexos do Baile, ao relato autobiográfico de Fernando Gabeira, O Que É Isto, Companheiro, transformado em filme de Bruno Barreto. Em Hércules-56, Silvio Da-Rin tratou do sequestro do embaixador norte-americano Charles Burke Elbrick, também narrado no livro de Gabeira, que participou da ação.

No entanto, o filme da jornalista Emilia Silveira, ela própria militante e ex-presa política, traz novidades em pelo menos um aspecto dessas narrativas dos tempos da ditadura - o humor. É verdade que são relatos em geral de casos graves, traumáticos, trágicos mesmo, e que, portanto, pouco espaço reservam para expressões de alegria. No entanto, em Setenta, o que temos é a rememoração de fatos bastante pesados, porém já colocados na perspectiva propiciada pela passagem do tempo.

Dos participantes, Emilia escolheu 25 para entrevistas e acabou ficando com 18 depoimentos. As razões da escolha são subjetivas e dependem da opção do diretor. Cabe aqui lembrar a lição do maior dos documentaristas, Eduardo Coutinho. Ele afirmava que não basta ao personagem ter uma história interessante - é preciso que ele saiba expressá-la numa narrativa rica, capaz de despertar a empatia em quem a ouve.

No caso, as escolhas de fato recaíram sobre personagens fascinantes, como o casal de Minas Gerais, que relata como aderiu à luta armada quando tinha seis filhos pequenos para criar. Ou do estudante que, após ser libertado, se exilou na Alemanha com a mulher que, deprimida, acabou se jogando debaixo de um trem. O relato é chocante. E, entre os 70, estava aquele que seria protagonista de uma das histórias mais trágicas da ditadura, frei Tito Alencar. O frade dominicano foi preso e torturado pelo delegado Fleury. Libertado no sequestro, exilou-se na França, mas os fantasmas da tortura não o deixavam viver. Acabou por se suicidar num mosteiro francês.

O filme acompanha em detalhes a trajetória desses brasileiros que haviam lutado contra a ditadura, acabaram presos e libertados depois por uma ação armada. Quando o governo concordou com as condições dos sequestradores, eles foram embarcados num avião da Varig que tomou o rumo de Santiago do Chile. Na época, vivia-se no país vizinho o governo socialista de Salvador Allende e lá, eles se recordam, foram recebidos como heróis. Mas a bonança não durou muito porque logo Allende foi derrubado e assumiu o governo de direita de Augusto Pinochet. Para os brasileiros, era hora de pôr de novo o pé na estrada - e sem muita demora, pois o clima ficara meio indigesto para quem era de esquerda.

Vistas, pelos próprios militantes a distância, essas peripécias, ou pelo menos algumas delas, podem parecer engraçadas. Havia muito de brancaleônico nessa luta desigual contra o Estado militar. E as histórias se tornam saborosas, como a do falsificador oficial do grupo, aquele incumbido de arrumar documentos de identidade para os companheiros e que confessa que os papéis eram tão toscos que poderiam ser descobertos por um cobrador de ônibus mais atento. No entanto, era com essa documentação que viajavam para o exterior e passavam por fronteiras.

Há também espaço para autocrítica e reflexões sobre o engajamento do passado. Um dos mais famosos dos "setenta", o então líder estudantil Jean Marc van der Weid, admite que a esquerda armada cometeu pelo menos dois equívocos fatais na época. Um deles, o vanguardismo, fazia supor que a população os apoiaria na luta armada, assim como os camponeses cubanos haviam apoiado os barbudos da Sierra Maestra na Revolução Cubana. O outro, o voluntarismo, a ideia de que se desejarmos muito uma coisa em nossa vontade, ela vai se materializar na realidade. Não é bem assim.

A História tinha outros planos e uma análise de conjuntura ou da correlação de forças jamais passara pela cabeça daqueles jovens de então. Hoje, na faixa da maturidade, com idades entre 60 e 80, lhes sobra discernimento para avaliar tanto os erros quanto valorizar o idealismo do passado. Por sorte, também não lhes falta humor para matizar dores e transformar a derrota numa espécie de sabedoria.


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