Por: André | 19 Mai 2014
A presidenta argentina, Cristina Fernández, recebeu em sua residência oficial em Buenos Aires a cúpula da Igreja católica, em meio às últimas opiniões cruzadas entre o Governo e a instituição religiosa pela crescente insegurança no país. O encontro foi “em tom cordial” e foi antecipado para evitar o assédio dos jornalistas. A missão eclesiástica foi liderada por arcebispo Arancedo. Falaram apenas do texto em que os bispos advertiram que “a Argentina está doente de violência”.
A reportagem está publicada no sítio espanhol Religión Digital, 16-05-2014. A tradução é de André Langer.
A reunião aconteceu na residência presidencial de Olivos e foi liderada por Cristina Fernández e pelo presidente da Conferência Episcopal Argentina, José María Arancedo.
No dia 09 de maio passado, os bispos argentinos chamaram a atenção, através de uma severa declaração, que a Argentina “está doente de violência” e que a corrupção “é um câncer social”, além de alertar sobre o avanço do narcotráfico no País.
Sob o título “Felizes os que trabalham pela paz”, o documento elaborado pela Igreja também não poupou críticas aos diferentes atores relacionados com a luta contra a violência e a insegurança.
O texto provocou feridas na situação e provocou a reação do chefe de Gabinete do Executivo de Cristina Fernández, Jorge Capitanich, que garantiu que a “responsabilidade primeira” em matéria de segurança não é competência do Governo Federal, mas das Províncias.
A afirmação de Capitanich teve sua réplica nas declarações do porta-voz da Conferência Episcopal, Jorge Oersterheld, que reiterou que manter um clima de paz e de concórdia “é responsabilidade do Governo Federal”.
Durante um ato de homenagem ao padre Carlos Mugica, no sábado, dia 10 de maio, por ocasião da comemoração dos 40 anos do seu assassinato nas mãos da força paramilitar de ultradireita conhecida como Triple A, Fernández assegurou que quem denuncia um aumento da violência “só quer reeditar velhos enfrentamentos”.
A insegurança converteu-se no principal tema de preocupação dos argentinos nos últimos meses, e provocou uma tempestade política com uma troca de acusações sobre a responsabilidade das administrações e o papel das forças de segurança no combate contra o crime organizado.
Na Província de Buenos Aires, a maior do País e a mais castigada pela criminalidade – com 82 crimes por hora, segundo estimativas oficiais –, o governador Daniel Scioli, candidato à sucessão de Cristina Fernández na Casa Rosada, converteu a luta contra a insegurança em um dos pilares da sua gestão.
Scioli, da situação, declarou um “estado de emergência” durante um ano, que inclui um aumento da dotação material dos recursos humanos destinados a “acurralar o crime”.
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Cristina Fernández recebe a cúpula da Igreja católica argentina - Instituto Humanitas Unisinos - IHU