05 Mai 2014
Na madrugada dessa sexta-feira, 2 de maio, morreu o jesuíta Paolo Molinari. Homem de cultura, serviu durante muito tempo na Companhia de Jesus como postulador geral, levando a termo 39 beatificações e canonizações, e ocupando-se também das causas relativas aos papas Paulo VI e Pio XII, e aos leigos Giuseppe Moscati, Piergiorgio Frassati, Catarina Tekakwitha, Juan Diego de Guadalupe, Jacinta e Francisco Marto de Fátima.
A reportagem é do jornal L'Osservatore Romano, 02-05-2014. A tradução é de Moisés Sbardelotto.
Ele tinha 90 anos, 72 dos quais de vida religiosa. Nascera em Turim, no dia 17 de janeiro de 1924. Depois de ter obtido em junho de 1942 a maturidade clássica, no dia 16 de outubro do mesmo ano entrou no noviciado da província de Turim da Companhia.
Emitidos os primeiros votos no dia 17 de outubro de 1944, em 1947 obteve a licenciatura em filosofia no Aloysianum de Gallarate. Estudou teologia no Heythrop College (Oxon), na Inglaterra (1947-1950), onde, no dia 6 de setembro de 1952, foi ordenado sacerdote.
Em 1956, doutorou-se em teologia pela Pontifícia Universidade Gregoriana e, no dia 31 de julho de 1957, foi nomeado postulador geral da Companhia de Jesus, cargo mantido até outubro de 2008.
Em 1958, também assumiu a cátedra (ocupada até 1994) de professor de teologia da Gregoriana, junto ao Instituto de Espiritualidade. Em 2 de fevereiro de 1960, emitiu a profissão religiosa solene na Igreja do Gesù, em Roma, e em 1962 foi chamado por João XXIII para participar dos trabalhos do Vaticano II como perito conciliar. Trabalhou na Comissão Teológica Doutrinal, em particular desempenhando o cargo de secretário da subcomissão encarregada da redação do capítulo VII da Lumen gentium.
Em 1969, Paulo VI o designara assistente geral da União Internacional dos Superiores Gerais (UISG), onde permaneceu até 1984. Em 22 de maio de 1978, foi nomeado consultor da Congregação para os Religiosos e os Institutos Seculares, que depois foram renovados por um novo quinquênio no dia 6 de fevereiro de 1984.
No dia 15 de novembro de 1979, foi eleito presidente do Colégio dos Postuladores, enquanto, de junho de 1986 a 1998, dirigiu o instituto de espiritualidade Living Water-Bible and Prayer Centre, em Tabgha, na Galileia (Israel). Autor de inúmeras publicações, livros, artigos, ensaios enciclopédicos, tinha-se aprofundado sobretudo nos temas referentes à teologia da vida religiosa e da formação, e à santidade.
Tendo deixado o cargo na postulação geral, a partir de 2011 residia na residência de São Pedro Canísio, dos jesuítas de Roma.
Depois do velório nessa sexta-feira na capela São Francisco de Borja, no piso térreo da Cúria Generalícia da Companhia, o funeral será celebrado na manhã deste sábado, 3 de maio, às 10h, na igreja da Cúria Generalícia.
FECHAR
Comunique à redação erros de português, de informação ou técnicos encontrados nesta página:
Morre o jesuíta Paolo Molinari, postulador geral da Companhia por 51 anos - Instituto Humanitas Unisinos - IHU