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A Igreja de Bergoglio e a necessidade de papas santos. Artigo de Vito Mancuso

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25 Abril 2014

A santidade expressa um grande otimismo sobre a natureza humana, por ser considerada capaz realmente de bem, e por isso a sua instituição é tão importante e deveria ser governada com maior espírito de profecia.

A análise é do teólogo italiano Vito Mancuso, professor da Universidade de Pádua, em artigo publicado no jornal La Repubblica, 24-04-2014. A tradução é de Moisés Sbardelotto.

Eis o texto.

Entre as religiões monoteístas, só o cristianismo conhece o fenômeno da santidade, que, ao invés, permanece totalmente desconhecido para o judaísmo e o Islã. Não que nessas duas grandes religiões não tenha havido e não haja homens e mulheres de grande densidade espiritual, mas nem o judaísmo nem o Islã, ao reconhecer o seu valor, jamais sentiram a exigências de declará-los "santos".

Para essas duas religiões, de fato, a santidade pertence, por definição, somente a Deus, e o homem, mesmo que fosse o melhor de todos, mesmo que fosse o profeta Elias ou o profeta Maomé, não pode estruturalmente participar do divino e, portanto, pode ser, sim, justo, observante, devoto, mas nunca pode ser santo.

O cristianismo, ao contrário, crê na possibilidade da comunhão ontológica entre o divino e o humano. Ou seja, de uma comunhão que não se refere apenas à vontade do crente, mas chega a compreender também o seu ser. Nesse sentido, pode-se dizer que a santidade é uma consequência da encarnação, do fazer-se homem por parte de Deus em Jesus de Nazaré: assim como o Filho, de fato, como verdadeiro Deus, se tornou homem, assim também os seus melhores discípulos, como simples homens, chegam à possibilidade de participar da condição divina denominada santidade. Há muito otimismo, há muita simpatia para com o homem ao declarar a sua santidade.

E certamente não é por acaso que, entre as várias formas de cristianismo, são particularmente o catolicismo e a ortodoxia que insistem na santidade, que, ao invés, é quase totalmente esquecida no protestantismo, cuja teologia é caracterizada acima de tudo por uma antropologia pessimista, segundo a qual o homem nunca poderá chegar a uma natureza plenamente reconciliada (para Lutero, sempre somos simul iustus et peccator, isto é, o mal nunca pode ser totalmente erradicado, nem no melhor dos justos).

Nessa perspectiva, o catolicismo mostra uma grande afinidade com o hinduísmo, para o qual a comunhão entre o divino e o humano está na ordem do dia, e com o budismo, para o qual a natureza de Buda pertence de direito a todo ser humano. De fato, essas duas grandes religiões conhecem, assim como o catolicismo, o fenômeno da santidade, até chegar a compartilhar o título de "Sua Santidade", que pertence tanto ao Romano Pontífice quanto ao Dalai Lama, enquanto o título de Mahatma (grande alma), reservado pelo hinduísmo aos seus melhores filhos, é apenas outro modo de declarar a sua santidade.

O que, então, distingue a santidade católica? A resposta é a Igreja, ou seja, o fato de que a santidade não é reconhecida de baixo, pelo povo, pelos evidentes méritos do mestre, como foi o caso de Gandhi, chamado de Mahatma ainda em vida, mas só se torna tal depois de uma declaração formal da hierarquia eclesiástica chamada de canonização.

E aqui se insere, além da dimensão teológico-espiritual citada acima, o valor político do fenômeno santidade. A política, de fato, sempre desempenhou um grande papel na história da Igreja ao lidar com a declaração da santidade dos seus melhores filhos. Para o bem e para o mal.

Pense-se, no primeiro caso, na rapidíssima canonização de Francisco de Assis, proclamado santo em menos de dois anos depois da sua morte. E pense-se, no segundo caso, na canonização do Imperador Constantino a na beatificação de Carlos Magno, homens de imenso poder, de vida não exatamente integérrima e, mesmo assim, elevados às honras dos altares.

A canonização por parte do papado dos seus próprios expoentes, incluindo a do próximo domingo, encaixa-se perfeitamente nessa perspectiva de forte conotação política: dos oito pontífices do século XX, nada menos do que três (Pio X, João XXIII, João Paulo II) se tornaram santos, e três estão a caminho para se tornarem (Pio XII, Paulo VI, João Paulo I), deixando, no entanto, a memória dos outros dois (Bento XV e Pio XI) em grave constrangimento.

O cardeal Martini tinha se equivocado totalmente ao ser contrário à canonização dos papas recentes? Ainda mais que a política eclesiástica não se expressa somente sobre as canonizações positivas, mas também sobre as negativas, ou seja, sobre a exclusão daqueles que mereceriam ser reconhecidos como santos, mas não se tornam.

É o caso de Dom Oscar Romero, assassinado pelos esquadrões da morte no dia 24 de março de 1980 enquanto celebrava a missa na catedral de San Salvador pela defesa dos direitos dos pobres e nunca beatificado por João Paulo II, que, ao invés, humilhou-o em vida, nem mais tarde por Bento XVI. E é o caso de Hélder Câmara, o bispo de Recife, no nordeste do Brasil, famoso pela sua luta em favor dos últimos (ele gostava de repetir: "Quando dou de comer aos pobres, chamam-me santo, quando pergunto por que eles são pobres, chamam-me comunista"), já santo para o seu povo, mas não para o Vaticano.

A santidade expressa um grande otimismo sobre a natureza humana, por ser considerada capaz realmente de bem, e por isso a sua instituição é tão importante e deveria ser governada com maior espírito de profecia. A política, porém, infelizmente, muitas vezes leva a melhor, e a canonização paralela do próximo domingo de dois papas tão diferentes demonstra isso mais uma vez.


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