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Por que Martini não queria Wojtyla '''santo já''

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14 Abril 2014

É bom limpar o campo de mal-entendidos imediatamente. Carlo Maria Martini estimava Karol Wojtyla sinceramente. Não tanto porque foi justamente o papa polonês que chamou o jesuíta de Turim à cátedra de São Carlos e de Santo Ambrósio em Milão, mas sim porque Martini via em João Paulo II a encarnação de uma fé forte, corajosa, capaz realmente de mover montanhas, e essas características o fascinavam.

A reportagem é de Aldo Maria Valli, publicada no jornal Europa, 10-04-2014. A tradução é de Moisés Sbardelotto.

Martini – que era jesuíta e homem de cultura e, como tal, tencionado a identificar as áreas cinzentas da realidade e a entender as razões dos outros mais do que a impor as suas próprias – era o oposto da irrupção wojtyliana, mas admirava aquele alpinista polonês que tinha conseguido resistir ao comunismo e que, tendo se tornado papa, tinha provocado uma reviravolta na Igreja, tirando-a para fora do canto em que tinha acabado sob o pontificado de Paulo VI.

E, por outro lado, Wojtyla tinha uma queda por aquele biblista sério e rigoroso, capaz de ampliar os horizontes da Igreja Católica, estabelecendo relações com as outras confissões cristãs, as outras religiões e, mais em geral, com a cultura contemporânea. Não nos esqueçamos de que foi justamente Wojtyla que chamou Martini à Polônia em 1972, para dirigir alguns iluminados exercícios aos padres poloneses, e Martini sempre considerou aquela viagem à Polônia ainda entrincheirada atrás da Cortina de Ferro extremamente instrutiva.

Os dois não eram opostos, como muitos comentaristas defenderam de forma simplista demais. Ao contrário, eles eram complementares e eram os primeiros a saber disso. Encarnavam duas almas da mesma Igreja, duas sensibilidades. Mas o diálogo nunca faltou. Tanto que, quando lhe apontavam que ele era considerado o antipapa, Martini respondia: não é verdade, ao invés, eu me considero o "antepapa", alguém que entrevê os problemas com os quais a Igreja deve fazer as contas e prepara o caminho para o papa.

Por espírito de obediência e de amor pela unidade da Igreja, Martini sempre evitou se colocar em contraposição a João Paulo II e fizera o mesmo, mais tarde, com Bento XVI. Mas não era difícil notar as diferenças. E ele nunca escondeu as suas perplexidades sobre a rápida canonização de Wojtyla. De fato, ele pensava que eram necessários muitos anos, até mesmo muitas décadas, para poder jogar luz plenamente sobre a personalidade de um pontífice e sobre o porte de um pontificado.

O problema, para ele, não dizia respeito especificamente a João Paulo II, mas, em geral, à tendência de proclamar santos os pontífices. Melhor esperar, pensava, que a história siga o seu curso e que os estudos sejam aprofundados. Posição típica de um estudioso que não gosta de proceder sob o impulso das emoções e dos gritos de "santo já", mas que prefere o aprofundamento e a reflexão.

Martini também considerava que a excessiva complacência ao proclamar a santidade dos papas oferece uma imagem distorcida da Igreja: quase uma exaltação triunfalista da instituição, enquanto, nos nossos dias, a Igreja deveria se mostrar com um rosto humilde, de modo a não aumentar, de um lado, a distância com os distantes e, de outro, não encorajar certas formas de religiosidade que correm o risco de cair facilmente no culto à personalidade.

Martini, em suma, estava bem ciente do risco dessa papolatria que, é preciso admitir, chegou ao seu clímax com Wojtyla. Tanto que, tenho certeza disso, se o biblista de Turim estivesse vivo hoje, ele torceria o nariz ao verificar também uma certa papolatria renovada da qual o seu coirmão jesuíta Jorge Mario Bergoglio é vítima.

Críticas ao papado wojtyliano

Quanto às críticas ao papado de João Paulo II, podem ser indicadas ao menos três facilmente. Acima de tudo, o excessivo apoio de Wojtyla aos movimentos eclesiais pós-conciliares, que, de acordo com Martini, colocavam em risco a unidade da Igreja em favor de formas de sectarismo e de homologação muito perigosas.

Em segundo lugar, as nomeações dos bispos e dos colaboradores mais próximos, às vezes francamente cambaleantes sob o reinado de João Paulo II.

Terceiro ponto: a tendência a se ocupar muito com a imagem da Igreja, especialmente com as viagens internacionais e as grandes celebrações, a despeito do governo. Lembro-me bem quando ele me disse que o próprio Grande Jubileu do ano 2000 o convencia muito pouco, por causa do caráter de triunfalismo que muitas vezes ele punha à mostra. Não era um ataque pessoal a Wojtyla. Era uma posição crítica em relação àquele tipo especial de Igreja da qual ele se sentia distante.

Por outro lado, Martini gostava de distinguir. Tomemos o caso de Paulo VI. Em relação ao Papa Montini, o jesuíta Martini sentia uma grande gratidão de muitas maneiras e, especialmente, pela encíclica Ecclesiam suam, que ele considerava como a verdadeira constituição da Igreja em diálogo com o mundo. Mas isso nunca o impediu de tomar distância da Humanae vitae, a encíclica com a qual Paulo VI, não sem tormentos, fechou a porta às contracepções artificiais.

Quanto à saúde de Wojtyla, Martini – que sofria da mesma doença (o Parkinson) – realmente nunca entendeu a escolha de João Paulo II de não se retirar para dar lugar a um papa mais jovem e vigoroso. E, nesse plano, talvez, pode-se medir ainda mais a distância entre os dois.

O místico Wojtyla pensava que tinha uma missão a cumprir a todo o custo: levar a Igreja no terceiro milênio, e acreditava que o seu corpo martirizado oferecia um testemunho de coragem e de abnegação.

O estudioso Martini, austero e muito reservado, pensava que, antes do papa, tem a Igreja (alguns anos depois, a escolha de Bento XVI soaria, por isso, muito martiniana), e só a ideia de que a sua doença pudesse se tornar espetáculo lhe causava horror.


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